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O cara que trocou o governo austríaco pelas criptomoedas

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“Se eu tivesse continuado no caminho em que estava, temia que teria um colapso mental”, esse é o relato de um austríaco que decidiu trocar seu emprego no governo para mergulhar no universo das criptomoedas.

Ao longo de mais de uma década desde a criação do Bitcoin e sua rápida ascensão no mercado financeiro, seguido por outros criptoativos que vieram depois, surgiram várias histórias interessantes sobre investidores, projetos, empreendedores e mais.

Uma delas, contada recentemente, é a história de Kadan Stadelmann, um entusiasta que trocou seu emprego no governo da Áustria para se aventurar no mundo descentralizado.

Em artigo para o Cointelegraph, Stadelmann, filho de um diplomata austríaco, contou que costumava ocupar o cargo de especialista na equipe de operações de segurança do governo de seu país.

O especialista apaixonado por tecnologias confiava no sistema, até começar a “entender como a privacidade estava sob cerco por provavelmente 100 anos” e passar a questionar tudo ao seu redor.

O austríaco conta que, inicialmente, não teve coragem de confrontar ninguém sobre o assunto que gradualmente tomava sua mente.

Liberdade é uma ilusão

Segundo ele, os governos se aproveitaram da pandemia do COVID-19 para se tornarem ainda mais centralizados e “implementar controles mais rígidos sobre as pessoas”, afirma.

“Há momentos em que você simplesmente sabe que as chances estão contra você. Para aqueles de nós que são defensores da liberdade e da descentralização, este é um daqueles momentos. Vivemos em uma sociedade centralizada. Nossas liberdades e direitos pessoais muitas vezes têm sido uma ilusão”, diz Stadelmann.

Deixando o governo

O especialista em segurança diz acreditar na privacidade e na liberdade de expressão, e por este motivo, decidiu deixar o governo austríaco.

“Se eu tivesse continuado, temo que teria um colapso mental”, diz Stadelmann, ressaltando que não foi para a indústria cripto pelo dinheiro: “Queria fazer coisas das quais pudesse me orgulhar, ansiava por tentar mudar o mundo”.

Contudo, o processo não foi fácil, e o austríaco teve que lidar com o criticismo alheio ao tomar sua importante decisão muitos anos atrás:

“Quando larguei meu confortável emprego no governo, todos que eu conhecia riram de mim […] Não acredito que os humanos devam ser forçados a fazer nada. Cada indivíduo deve ser livre para fazer o que quiser, desde que não prejudique ninguém. Quando estiver no meu leito de morte, não quero me arrepender do trabalho que fiz. Não quero deixar meus filhos em um mundo pior do que o encontrei”, declarou.

Descentralização global é possível?

Stadelmann reconhece que talvez falhemos no objetivo de atingir um mundo cripto descentralizado, “temos que aceitar isso, mas também precisamos aceitar o desafio”, argumenta.

O especialista diz que busca inspirar pessoas por um “amanhã” melhor, com privacidade, liberdade, justiça e descentralização.

“Mesmo que eu não mude o mundo, não vou me arrepender do trabalho que fiz, porque estou fazendo tudo que posso para acender a ideia de um amanhã melhor na mente das pessoas”, conclui.

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