Estima-se que Satoshi Nakamoto, o anônimo criador do Bitcoin (BTC), possui em seus endereços a quantia de 1 milhão de bitcoins, adormecido por anos. Enquanto alguns acreditam que essas moedas nunca devam ser movidas novamente por Satoshi, o CTO da Ripple, David Schwartz, acredita que o criador da criptomoeda pode voltar e gastar a quantia a qualquer momento.
O assunto foi levantado quando um membro da comunidade, ao ver a página da Ripple no site CoinMarketCap, destacou que o número de XRP travadas está sendo considerada como parte circulante da mesma no mercado.
O tema é bastante sensível entre a comunidade, afinal, este é um dos pontos que acusa o projeto de ser centralizado.
Assim, em busca de explicações, o usuário marcou os principais responsáveis pela criptomoeda e recebeu diversas respostas.
CTO da Ripple analisa moedas de Satoshi Nakamoto
Satoshi Nakamoto foi a primeira pessoa a minerar a rede, quando a mesma ainda estava na sua fase inicial.
O criador do BTC teve bastante tempo para minerar até que outras pessoas conhecessem a rede. Por isso, o mesmo acumulou uma grande recompensa, estimada em 1 milhão de moedas.
Inclusive, o fato fez com que Nakamoto fosse considerado uma das pessoas mais ricas do mundo quando a criptomoeda atingiu seu máximo de quase US$ 70 mil.
Entretanto, ainda desconhecido, o criador do bitcoin sumiu em 2010 e nunca mais movimentou suas moedas. A atitude, portanto, gerou curiosidade e, desta vez, foi alvo do CTO da Ripple.
Para o internauta que citou o empresário, as moedas do criador do BTC deveriam ser removidas de circulação, considerando que o mesmo nunca mais movimentará as moedas.
Contudo, o CTO da Ripple discordou totalmente da informação, apontando acreditar que Nakamoto poderá voltar a gastar suas moedas a qualquer momento.
Mesmo considerando este ponto, o mesmo afirmou que o circulante de uma criptomoeda envolve julgamentos pessoais.
“Eu concordo com o bitcoin de Satoshi, supondo que você acredite que Satoshi não poderia simplesmente decidir gastá-lo amanhã. Haverá muitos julgamentos subjetivos envolvidos na decisão do que você acha que está ou não circulando.”
A forma de apresentação dos dados não é ideal
Considerando a questão das XRP travadas e mesmo assim apontadas como circulantes, David Schwartz comentou que sites como o CMC devem ser responsáveis com sua audiência.
“Na prática, se eu mantivesse um site como o CoinMarketCap, eu tentaria fazer julgamentos que mantivessem os números de capitalização de mercado o mais razoavelmente comparável possível e seria transparente para as pessoas poderem ajustar se não concordarem com meus julgamentos.”
Vale relembrar que o CTO da Ripple divulgou, em 2017, uma carta na qual apontava o funcionamento do escrow da Ripple, para que todos os interessados pudessem entender o mecanismo.