Os governos estão encurralados em uma espiral de inflação, impostos e dívidas

Biden, Putin e Xin Jin Ping - inflação, impostos e dívidas

A grande maioria dos estados nacionais, do Ocidente ao Oriente, dos Estados Unidos à China, com pequenas exceções, estão encurralados em uma espiral de inflação, impostos e dívidas. Este cenário pode comprometer as bases já fragilizadas e corrompidas da economia global e das instituições que compõem a sociedade moderna.

Impostos e a curva de Laffer

Basicamente, existem 3 maneiras gerais de estados nacionais e governos se financiarem. A primeira é a cobrança direta de impostos, seja de consumo, produção, lucros e dividendos, sobre propriedade, heranças, grandes fortunas e o que mais puder ser taxado. Essa tributação, por sua vez, é limitada pela Curva de Laffer.

Esse princípio econômico afirma que existe um ponto máximo de tributação possível, localizado no topo da curva. Qualquer aumento a partir daí, torna o lucro com os impostos menores, uma vez negocios deixarão de ser feitos por se tornarem inviáveis, e o incentivo para evasão fiscal legal (offshores, elisão fiscal) ou ilegal (evasão) se tornam exponencialmente maiores.

O Brasil e dezenas de outros países estão chegando ou já chegaram no limite desta curva, tornando impossível a partir daí o crescimento do estado. Contudo, ainda existe margem para aumento de impostos em alguns países, como EUA e boa parte da Europa.

Dívidas impagáveis

Nas últimas décadas, especialmente após o fim oficial do padrão ouro com a quebra do acordo de Bretton Woods em 1971, os estados vem se endividando sistematicamente com déficits de centenas de bilhões de dólares anualmente.

Por muito tempo, os títulos de dívida soberana, isto é, aquelas emitidas por governos estabelecidos, foram enxergados pelos mercados financeiros como um investimento altamente seguro, uma vez que os estados são os emissores da moeda e podem sempre criar mais dinheiro para arcar com sua dívida.

Acontece que estamos chegando a um ponto de inflexão. Somente a dívida dos Estados Unidos já alcançou a obscena marca de 28 trilhões de dólares, cerca de 130% do PIB. Isso é equivalente a uma dívida de 85 mil dólares por habitante, incluindo crianças, idosos e a população não economicamente ativa.

Essas dívidas são impagáveis, a não ser que os estados recorram a sua última alternativa, a cobrança do imposto inflacionário, provocando a destruição das moedas correntes.

Inflação e a guerra ao dinheiro

Aproximadamente 40% dos dólares existentes foram criados no ano de 2020. No Brasil e em muitos países subdesenvolvidos o cenário é ainda pior, 46% dos reais existentes foram criados no ano passado.

Isso representa uma inflação real próxima a definição formal de hiperinflação, que é descrita como uma inflação superior a 50% ao ano. No ritmo atual, especialmente com as taxas de juros artificialmente baixas, grande parte da riqueza e patrimônio global tem o potencial para serem destruídos em poucos anos.

Ainda assim, com todos estes fatores preocupantes, não vemos nenhum sinal de redução do tamanho, atribuições, gastos e endividamentos dos estados. Ao contrário, pacotes de estímulos, assistencialismo, criação de moeda e déficits sistemáticos estão se tornando cada vez mais comuns.

“A longo prazo, todos estaremos mortos”. – John Maynard Keynes, pai do sistema monetário atual.

Plano B

Uma maneira viável para proteger você e sua família deste cenário sem precedentes na história da humanidade (juros negativos são uma invenção do século XXI) não é retirando o seu dinheiro do país, mas retirando o seu país do seu dinheiro.

O Bitcoin, devido às suas propriedades de resistência à censura, confisco, expropriação e taxação, torna muito difícil a atuação dos estados com as ferramentas acima descritas.

O Bitcoin, em um ambiente de ampla adoção, torna impossível o imposto inflacionário, uma vez que o seu suprimento está para sempre limitado a 21 milhões de unidades. Também torna mais difícil a emissão de dívidas impagáveis, uma vez que os estados perderiam o controle sobre a moeda. Além disso, dificulta a cobrança de impostos, pois os governos perderiam grande parte do poder de fiscalizar e cobrar os mercados de capitais.

A única maneira do governo confiscar os bitcoins de alguém é através de tortura para se obter acesso às chaves privadas. Lembre-se, “não são suas chaves, não são suas moedas”.

Leia mais: Esposa de John McAfee culpa governo dos Estados Unidos por morte do marido

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