As instituições retomaram sua demanda por bitcoin ao vez de ouro, afirmaram estrategistas do gigante banco de Wall Street, JPMorgan Chase & Co. Consequentemente, eles atribuíram a recente alta de preços a compra de grandes investidores institucionais.
A demanda por bitcoin de instituições é um conceito relativamente novo no espaço das criptomoedas. A partir de 2020, o bitcoin deixou de ser um “dinheiro mágico da Internet” para se tornar uma ferramenta de investimento que poderia servir como uma proteção contra a inflação crescente.
Investidores e instituições proeminentes começaram a investir na classe de ativos no final de 2020 e no início de 2021, o que impulsionou o preço do BTC para os 65 mil dólares.
Pouco depois, começaram a surgir relatórios alegando que as instituições haviam parado de acumular grandes porções da criptomoeda, e alguns até realizaram ganhos consideráveis em poucos meses e deixaram o mercado.
Isso também coincidiu com o arrefecimento dos preços do BTC, que, combinado com as incertezas do mercado chinês, levou a uma correção de 65% em dois meses.
De acordo com a última atualização do JPMorgan, porém, as instituições ressurgiram para o cenário do bitcoin. Além disso, eles afirmaram que tais investidores poderiam continuar em alta porque veem o bitcoin como a melhor alternativa ao ouro.
“Os investidores institucionais parecem estar voltando ao bitcoin, talvez vendo-o como uma proteção de inflação melhor do que o ouro.”
Com o BTC aumentando para cerca de US$ 55.000 a partir de agora, isso significa que a criptomoeda aumentou 85% desde o início do ano. No mesmo período, o ouro – historicamente considerado um investimento seguro, caiu 7%.
Os analistas também mencionaram algumas outras razões potenciais por trás do último aumento do BTC. Eles disseram que isso poderia ser uma reação positiva devido às palavras do presidente do Fed, Jerome Powell, e do chefe da SEC, Gary Gensler – ambos afirmaram que o país não tem intenções de proibir ativos digitais.
Leia mais: Venezuela, Argentina e Brasil lideram o ranking de adoção das criptomoedas na América Latina