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PF e MP fazem operação contra grupo que roubou R$30 milhões no Santander para comprar bitcoin

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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) junto à Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (25), uma operação contra o grupo criminoso que roubou R$30 milhões da conta da metalúrgica Gerdau no banco Santander.

Intitulada ‘Criptoshow’, a operação cumpriu 13 mandados de busca e apreensão na região metropolitana de Porto Alegre (RS), informou o Portal do Bitcoin.

Os investigadores descobriram que, após o roubo, os bandidos compraram R$5 milhões em bitcoin de uma exchange cujo nome não foi revelado, e o valor foi então incluído no processo.

Segundo nota do MP, o material apreendido será analisado para apurar as responsabilidades da organização criminosa, além de estabelecer a recuperação dos valores roubados e identificar novos envolvidos nos crimes.

Foi apurado que R$ 30 milhões foram desviados da conta bancária da Gerdau para seis empresas localizadas em Porto Alegre, São Paulo, Porto Velho e Cachoeirinha (RS), por meio de 11 transferências eletrônicas (TEDs).

Embora o grupo tenha conseguido efetuar o roubo, eles foram impedidos de usar o montante para comprar criptomoedas uma série de bloqueios de contas bancárias por onde o dinheiro passou.

Os golpistas não conseguiram o valor total em bitcoins, devido às inconsistências notadas durante os procedimentos de checagem de clientes (KYC) de algumas empresas antes que a venda fosse efetuada.

De acordo com o MP, por trás do crime está uma organização cujo comando estava a cargo do responsável de uma empresa em Cachoeirinha, beneficiada com R$ 1 milhão.

O promotor de Justiça Flávio Duarte entende como clara a existência do furto qualificado (mediante fraude) no caso.

O crime teria sido cometido diante da sofisticação do modus operandi empregado e pelo número de envolvidos, por organização criminosa, integrada pelo operador do desvio e pelos sócios e representantes das empresas diretamente beneficiadas com os recursos desviados, aponta a matéria.

“Esse cenário beira a clandestinidade e assim se caracteriza como um ambiente propício para a lavagem de capitais”, disse Duarte.

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