O Departamento de Proteção Financeira e Inovação da Califórnia (DFPI) chegou a um acordo multimilionário com a corretora online Robinhood, que concordou em pagar multas no valor aproximado de US$10,2 milhões. Esse acordo virá com o intuito de remediar as deficiências operacionais que afetaram negativamente os investidores durante a crise do COVID-19, o que resultou em perdas financeiras para muitos indivíduos.
É válido destacar que a empresa já havia recebido uma multa de US$30 milhões do Departamento de Serviços Financeiros do Estado de Nova York (NYDFS) por violar as leis de lavagem de dinheiro e segurança cibernética.
“A DFS continuará a investigar e tomar medidas quando qualquer licenciado violar a lei ou os regulamentos do Departamento, que são essenciais para proteger os consumidores e garantir a segurança e solidez das instituições”, disse o superintendente Adrienne A. Harris na época.
Além disso, os reguladores dos estados do Alabama, Colorado, Nova Jersey, Delaware, Texas e Dakota do Sul acusaram a empresa de prejudicar alguns de seus investidores em 2020 ao negligenciar várias políticas.
De acordo com os reguladores, a Robinhood falhou em informar os usuários sobre os riscos associados aos spreads de opções de várias partes. Ela também não teria elaborado um programa de identificação do cliente e não exerceu a devida diligência antes de aprovar certas contas de opções.
Os contratempos operacionais supostamente ocorreram em março de 2020, quando muitos investidores confiaram na plataforma da Robinhood para suas negociações. A comissária do DFPI, Clothilde Hewlett, disse que essas plataformas “devem cumprir as proteções de bom senso para investidores e consumidores, conforme exigido por lei”.
Apesar das multas, o regulador da Califórnia não encontrou evidências de atividades fraudulentas conduzidas pela Robinhood.