Stake – Descubra o que é e como ganhar renda passiva com cripto

Criptonizando

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Descubra o que é e como funciona o stake de criptomoedas. Aprenda a como ganhar renda passiva com criptoativos.

O Bitcoin foi um protocolo revolucionário, capaz de criar pela primeira vez uma moeda digital totalmente descentralizada. O protocolo utiliza um mecanismo de consenso conhecido como Proof of Work (PoW), que pode ser traduzido como Prova de Trabalho.

A Prova de Trabalho é executada pelos mineradores, que ganham com isso a recompensa dos blocos, mais as taxas de transação pagas pelos usuários.

Recompensar os mineradores é fundamental para que a rede se mantenha segura, visto que a atividade utiliza muita energia elétrica e requer equipamentos caros para sua execução. Na maioria dos casos, a mineração caseira não é rentável e é feita somente por grandes mineradoras industriais.

Mudança para o Proof of Stake (PoS)

Como alternativa ao algoritmo principal do Bitcoin, surgiram redes blockchain que utilizam um mecanismo de consenso conhecido como Proof of Stake (PoS), também chamado de Prova de Participação.

Ao invés de investir em equipamentos e eletricidade, aqueles que querem ajudar na segurança de uma rede blockchain, investem comprando o token nativo da rede. Dessa forma, os mineradores dão lugar aos stakers (apostadores ou participantes).

O conceito é simples. Quanto mais ativos um determinado staker possui, maiores são as chances dele receber o direito de criar um novo bloco em uma rede blockchain. Se o bloco estiver em conformidade com as regras do protocolo, ele será aceito pelos demais nós.

A necessidade de gastar recursos para adicionar blocos à blockchain é fundamental, pois cria um incentivo econômico no processo para que os stakers e nós se comportem de maneira honesta. A lógica é muito semelhante à da mineração.

Com a mudança para PoS, o Ethereum diminuiu o seu consumo energético em mais de 99%. O alto consumo energético tem sido um ponto de crítica sobre as criptomoedas baseadas em PoW.

No entanto, é importante destacar que a mineração é uma atividade que se concentra predominantemente em locais onde a energia é abundante e até desperdiçada. Por conta disso, minerar com os custos de energia doméstica é algo impossível na maioria dos países.

Na prática, o Bitcoin é capaz de monetizar energia ociosa através da mineração, que pode potencialmente reduzir o custo da energia para o consumidor final, visto que as usinas agora tem uma nova fonte de renda para se financiar.

Pools de stake

Assim como a mineração, o stake é uma atividade normalmente feita em grupos que se unem para adicionar novos blocos em uma blockchain. Estes grupos são conhecidos como Pools.

Isso ocorre pois normalmente existe um valor mínimo de ativos para começar a incluir blocos. O valor mínimo para fazer stake na rede Ethereum é de atualmente 32 ETHs, um valor inviável para a maioria dos investidores de varejo.

Além disso, a maioria dos usuários não têm conhecimento específico para executar um nó e realizar todo o processo sozinho. Por isso, muitos projetos, corretoras e pools estão disponíveis no mercado para ajudar investidores a realizar este processo em conjunto.

Riscos do stake

Como qualquer investimento, existem riscos associados ao stake. O mais relevante deles é provavelmente a própria volatilidade do ativo em stake em questão.

A maioria dos criptoativos são ainda muito voláteis, mesmo os mais estabelecidos. O próprio ETH chegou a cair mais de 70% durante este último mercado de baixa. Por isso, esteja ciente que perder um percentual significativo do seu capital devido a desvalorização é um risco real.

No entanto, este é um risco que é necessário enfrentar para obter os altos retornos do mercado de criptomoedas. O ETH valorizou mais de 900% nos últimos 4 anos, um retorno muito assimétrico e superior a maioria dos ativos do mercado tradicional.

Outro risco associado ao stake é o risco de custódia. Muitos investidores optam por deixar seus ativos em stake em corretoras centralizadas. Como foi observado com a falência de várias exchanges nos últimos anos, estas empresas estão sujeitas a falhas, hacks e golpes como qualquer outra instituição financeira.

Na maioria dos casos, realizar stake significa abrir mão da custódia dos seus ativos. No entanto, é possível fazer o stake de forma a manter seus ativos sob sua posse, porém isso exige conhecimento técnico e muito dinheiro para investir em uma operação individual.

As exchanges descentralizadas (DEX) que oferecem a possibilidade de ganhar através do stake também estão sujeitas a hacks e fraudes.

Quais criptomoedas permitem o stake?

Qualquer criptomoeda que utilize o mecanismo de Proof of Stake oferece a possibilidade de ganhar rendimentos através do stake. As principais redes blockchain baseadas em PoS incluem:

Ethereum (ETH)
Cardano (ADA)
Solana (SOL)
Polkadot
Avalanche (AVA)

A rede Ethereum migrou para o PoS no segundo semestre de 2022, e desde então mais de 15 milhões de ETH estão em stake no protocolo. No entanto, estes ativos estão trancados até a próxima atualização Xangai, que está programada para o início de 2023.

Muitos analistas afirmam que esta liberação de ETHs pode provocar quedas de curto prazo no criptoativo. Por isso, pode ser uma decisão prudente aguardar a atualização.

A maioria das blockchains exigem um tempo mínimo de bloqueio dos fundos. Por isso tenha em mente que seus ativos podem ficar parados até a liberação programada.

Como fazer stake?

A maior parte das grandes corretoras de criptomoedas, como Coinbase e Kraken, oferecem a opção para realizar stake de diferentes criptoativos. No Brasil, algumas corretoras, como Mercado Bitcoin e NovaDax oferecem a opção de rentabilizar seus tokens.

O processo em corretoras centralizadas é bem simples. Basta ter uma conta ativa, comprar ou depositar os ativos para realizar o stake e selecionar corretamente a opção.

Outro serviço muito popular para realizar o stake de ETH é o Lido Finance. Mais de 20% de todos os ETHs em stake estão sendo gerenciados por este protocolo DeFi (Finanças Descentralizadas).

É possível colocar vários ativos em stake através do projeto, incluindo Solana (SOL) e Polygon (MATIC). Além disso, o Lido também permite depositar ativos para prover liquidez para vários protocolos. Dessa forma, é possível ganhar juros sobre juros ao investir corretamente através do protocolo.

Clicando neste tutorial você pode aprender a como realizar o stake na rede Ethereum passo a passo por meio do Lido Finance e da corretora Kraken.

Mas antes de se aventurar no mercado DeFi, esteja ciente de que estes projetos estão sujeitos a muitos problemas. Bilhões em hacks foram perdidos nos últimos anos em projetos semelhantes.

Quanto é o retorno do stake?

O retorno do stake de criptoativos é variável e depende de uma série de fatores. É preciso considerar as taxas cobradas pelas corretoras, pelos pools e projetos DeFi onde o serviço será prestado.

Além disso, a atividade da rede blockchain também influencia na rentabilidade, visto que os stakers também recebem as taxas de transação pagas pelos usuários. Quanto maiores as taxas, mais os stakers tendem a receber.

Algumas exchanges optam por fornecer um rendimento fixo, que normalmente é de em torno de 7% ao ano no ativo rentabilidade, como é o caso do Mercado Bitcoin.

Mas nos últimos anos, os criptoativos têm se valorizado exponencialmente. Por conta disso, escolher qual ativo será utilizado no stake é mais importante do que a rentabilidade em si. Escolher um bom ativo para o próximo ciclo de alta junto com uma rentabilização pode trazer retornos expressivos para o investidor.

Para diminuir riscos associados, adote o princípio da diversificação. Nunca coloque “todos os ovos” na mesma caixa, pois isto pode acarretar em perdas significativas.

Da mesma forma que realizar o stake pode ser um bom investimento, visto que rende o total dos seus criptoativos, realizar a auto-custódia também é uma ótima estratégia para o futuro.

Veja a rentabilização de criptoativos como um investimento, e a acumulação de longo prazo como uma poupança, dessa forma, você pode aproveitar todo o potencial do mercado de criptomoedas.