O Talibã, grupo islâmico que tomou o poder no Afeganistão em 2021, baniu as criptomoedas no país.
A ação do grupo fundamentalista levou à prisão de 13 pessoas ligadas ao mercado cripto.
Além disso, 16 corretoras de negociação de criptoativos tiveram seu fechamento decretado na última semana.
A informação veio por fontes locais e internacionais. Porém, o Banco Central do Afeganistão não confirmou a ação.
De acordo com informações da Bloomberg, boa parte das 13 pessoas detidas foram liberadas após o pagamento da fiança.
Segundo Sayed Shah Saadaat, chefe de investigações criminais do Afeganistão, a ordem teria vindo do próprio Banco Central.
“O Banco Central nos deu uma ordem para impedir que todos os cambistas, indivíduos e empresários negociem moedas digitais fraudulentas, comumente chamadas de Bitcoin”, afirmou ele.
Ademais, um jornal online do país chamado Ariana News, noticiou o fechamento das 16 corretoras de criptomoedas.
As exchanges afegãs fechadas estavam sediadas em Herat, cidade do país considerada um polo para empresas cripto.
A adoção no Afeganistão
A Chainalysis, empresa de análise de blockchain, publicou um estudo sobre a adoção das criptomoedas no mundo.
Segundo a empresa, o Afeganistão já estaria no top 20 do ranking de adoção.
No entanto, a Chainalysis destacou que apenas uma pequena parte da população local conhece o mercado cripto.
Uma das causas apontadas seria a falta de acesso à internet pela população afegã.
A moeda oficial do país, o Afegane, tem sofrido uma forte desvalorização em relação ao dólar.
Assim, desde então, as pessoas por lá têm aprendido a investir em criptomoedas.
Por fim, a proibição deve trazer ainda mais dificuldades para a população que já sofre com a desvalorização da sua moeda.
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