O emissor do stablecoins, Tether Limited, afirmou que a empresa congelaria todos os endereços vinculados a entidades sancionadas.
Esta decisão surge em resposta a relatórios que indicam que alguns atores estatais estavam a aproveitar os tokens USDT da Tether para contornar as sanções dos EUA.
Um porta-voz da empresa disse:
“A Tether respeita a lista SDN do Office of Foreign Assets Control (OFAC) e está empenhada em trabalhar para garantir que os endereços de sanções sejam congelados imediatamente.”
Durante o ano passado, a empresa congelou endereços de forma proativa, mantendo quantidades significativas de seus ativos digitais envolvidos em atividades ilegais.
Por exemplo, a empresa congelou 32 endereços com 873 mil dólares ligados a atividades ilícitas em Israel e na Ucrânia no ano passado.
O CEO da Tether, Paolo Ardoino, disse que essas ações refletem o compromisso da empresa em estabelecer padrões de segurança mais elevados na indústria emergente.
O USDT da Tether é a maior moeda estável em capitalização de mercado, com aproximadamente US$ 110 bilhões em oferta circulante.
Apesar dos esforços de conformidade da Tether, relatórios recentes indicam a exploração persistente da stablecoin USDT por grupos terroristas e nações sancionadas para evitar restrições.
Por exemplo, a Reuters informou que a gigante petrolífera estatal da Venezuela, PDVSA, estava alavancando a stablecoin USDT para exportações de petróleo bruto e combustíveis em meio a novas sanções dos EUA.
O vice-secretário do Tesouro dos EUA, Adewale Adeyemo, recentemente alertou o Congresso sobre a crescente adoção pela Rússia de vias alternativas de pagamento, como a stablecoin USDT da Tether, para evitar sanções econômicas.
Um relatório das Nações Unidas destacou a prevalência da lavagem de dinheiro baseada em criptomoedas, principalmente através de Tether ou USDT na blockchain TRON – com plataformas ilegais de jogos de azar online como principais facilitadores.