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Uma hiperinflação mundial está a caminho, e o Bitcoin pode ser um salva vidas

Vivemos um momento sem precedentes dentro da história monetária, e como diria o famoso investidor Michael Burry, reconhecido por prever a crise de 2008, uma “hiperinflação de Weimar” a nível global pode estar se aproximando. Nesse cenário, o Bitcoin pode ser um bote salva vidas para quem deseja se proteger.

Nunca antes na história vimos um movimento tão coordenado de impressão de dinheiro e desvalorização da moeda a nível global. Que governos têm o grande incentivo para desvalorizar sua moeda para conseguir mais dinheiro e poder é algo factual.

Há registros que apontam para alta inflação e até mesmo controle de preços em impérios antigos. O imperador romano Diocleciano (244-331) foi um dos responsáveis por adulterar as ligas metálicas das moedas romanas com cobre, e, posteriormente, obrigar sob pena capital que os preços fossem tabelados por força da lei.

A tentativa, como todas as vezes na história, falhou, sendo um dos grandes motivos para a dissolução do poder centralizado do império romano ao longo dos séculos que se seguiram. Qualquer semelhança com a Argentina não é mera coincidência.

Hiperinflação de Weimar

Durante os desenvolvimentos da primeira guerra mundial, a República de Weimar, atual Alemanha, suspendeu o padrão ouro vigente e iniciou planos de impressão de dinheiro para arcar com os elevados custos da guerra.

Os resultados foram óbvios e devastadores. Como consequência, as pessoas foram obrigadas a substituir as carteiras por carrinhos de mão para transportar o seu dinheiro.

Hiperinflação de Weimar.

É esse tipo de cenário que diversos renomados economistas estão apontando para um futuro próximo caso uma mudança radical na política monetária mundial não ocorra. E dada as peças do tabuleiro, esta parece ser a possibilidade mais improvável.

Impressoras ligadas

O agregado monetário M1 Stock Money -métrica menos abrangente que o M2 e o M3- que mede o dinheiro em circulação da economia americana, apresentou um gráfico exponencial no ano de 2020.

M1 Stock Money. Fonte: Fred.

Essa medida sem precedentes se iniciou em março de 2020 conforme a acentuada depressão no mercado de ações e na economia global se iniciaram.

E assim como nos desenvolvimentos da grave crise 2008, os bancos centrais retomaram os planos de afrouxamento monetário e compras de ativos, apelidados pelo Federal Reserve de Quantitative Easy (QE), com o objetivo de parar o sangramento dos mercados que provocaram trilhões em perdas.

E mais uma vez os governos conseguiram seus objetivos, as bolsas voltaram a bater novos recordes um atrás do outro, mesmo com indicadores macroeconômicos, como o índice Warren Buffet, apontando para intensa sobrecompra por parte dos mercados de ações.

A grande questão é, até quando e onde os governos seguirão injetando toneladas de liquidez na economia na tentativa de parar uma das maiores correções de mercado da história?

Para Robert Breedlove, executivo chefe da Paralax Digital, este cenário é um caminho sem volta.

“A expansão da oferta monetária é regida por uma lei. É a chamada lei da emissão e depreciação acelerada. Quanto mais dinheiro você imprime, mais dinheiro você terá que imprimir posteriormente, apenas para manter o sistema funcionando.

Espero que a expansão do US M2 dobre novamente, provavelmente nos próximos quatro anos. E então espero dobrar novamente a partir daí. Estaremos ao norte de 100% da expansão US M2 anualmente até o final da década…

Eu espero que muitas das moedas internacionais mais fracas entrem em colapso em relação ao dólar durante esta transição. Devido à expansão da oferta de moeda, de US$ 100 trilhões para US$ 1250 trilhões, o Bitcoin será avaliado nominalmente em US$ 12,5 milhões até o final da década. ”

O salva vidas Bitcoin

Já ocorreu diversas vezes na história do dinheiro virar pó, perdendo completamente o seu valor em um curto espaço de tempo. E a última coisa que se é desejável possuir neste momento de crise é moeda corrente sem qualquer tipo de lastro.

Em épocas anteriores, a melhor solução seria se proteger através da compra de ouro ou terras. Mas agora, temos a possibilidade real de testar a nível global um ativo tecnológico completamente sem precedentes.

Não à toa, a alavancagem de Bitcoin tem sido chamada de ‘nova corrida do ouro’, visto que o cenário econômico que levou ao colapso de diversas moedas durante a primeira guerra parece estar retornando, e com ele, a busca por um ativo escasso.

Uma inflação superior a 50% pode ser o catalisador final para a adoção em larga escala do Bitcoin, visto que este cenário apagaria completamente quaisquer riscos envolvendo volatilidade.

O que você pensa sobre essa possibilidade? Deixe sua opinião na seção de comentários abaixo.

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