Em meio a alta no mercado de criptomoedas, o governo de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, está usando Bitcoin para pagar empresas do Irã e Turquia.
De acordo com a mídia espanhola RunRun.es, o país com cerca de 28 milhões de habitantes pretende usar os criptoativos para contornar as sanções dos Estados Unidos.
As medidas de Donald Trump deixaram o governo da Venezuela fora do sistema financeiro internacional, e para não sucumbir completamente à crise financeira em que se encontra, o Bitcoin pode ser a salvação.
O governo de Maduro agora está usando um grande estoque de Bitcoin e Ethereum (ETH) de uma Estatal de petróleo e gás do país para pagar as empresas.
Segundo a matéria, “fontes não identificadas do Banco Central da Venezuela” declararam que “os pagamentos a empresas de países aliados, como o Irã e a Turquia, foram feitos usando bitcoin”.
Com a recém-aprovada Lei Anti-Bloqueio, que permite que o executivo venezuelano autorize “a criação e implementação de qualquer tipo de mecanismo financeiro” para pagamentos, incluindo “criptoativos e tokens baseados na tecnologia blockchain”, Maduro ressaltou que poderá:
“Usar todas as criptomoedas do mundo, públicas, estatais ou privadas, para o comércio interno e externo”, declarou.
O presidente anunciou ainda que já tem “projetos importantes em desenvolvimento”.
Para impulsionar a economia do país, Maduro chegou a criar em 2018 uma criptomoedas própria da Venezuela, a Petro (PTR), lastreada em petróleo.
Contudo, a falta de credibilidade e as sanções americanas restringiram seu uso, obrigando o governo a apelar para criptomoedas com maior aceitação, como Bitcoin e Ethereum.
No final de novembro, começou a funcionar a Venezuela Exchange, uma casa de câmbio apoiada pela Superintendência Nacional de Criptoativos, que permite comprar bitcoins com bolívares.
“As operações são garantidas pela Tesouraria de Criptoativos da Venezuela, entidade que garante operações seguras e sem qualquer tipo de risco”, afirma a Superintendência.