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Vítimas denunciam filha e genro de Celso Russomanno por pirâmide financeira

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Russomanno ao lado da filha Luara e do genro, Bruno Queiroz. Foto: Leo Franco e Thiago Duran/AgNews

Respondendo a pelo menos 18 processos na Justiça, a filha e o genro de Celso Russomanno, atual deputado federal e candidato à Prefeitura de São Paulo, são acusados de operarem uma pirâmide financeira.

De acordo com reportagem do Estadão, a Justiça já deu ganho às vítimas em seis casos, pelo prejuízo de R$ 4,5 milhões causado pelo golpe que necessita da entrada constante de novas pessoas para aplicar dinheiro em um “negócio” que não gera lucros.

Russomanno, famoso por trabalhar na TV em defesa do consumidor, foi o motivo de as vítimas confiarem em sua filha, Luara Torres Queiroz, segundo os autos dos processos.

Na última semana, uma pesquisa do Ibope revelou que o candidato do partido Republicanos e crítico do Bitcoin, lidera a competição pela Prefeitura de São Paulo.

Por isso, o deputado quer evitar a vincular seu nome ao escândalo.

Vítimas aplicavam até R$1 milhão no esquema

A matéria aponta que, desde 2017, as vítimas transferiram para o casal, em média, valores entre R$ 10 mil e R$ 1 milhão.

O montante era aplicado no negócio no ramo de alimentos e produtos de beleza sob a promessa de altos lucros fixos mensais, que não se concretizaram, como é típico de pirâmides financeiras.

Neste caso, as vítimas acreditavam que o rendimento seria entre 1,5% e 4%.

Negócio ilegal

Além de prometer retornos irreais, o negócio operava ilegalmente, sem licença ou autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para oferecer cotas de investimento.

Em 2019, a autarquia chegou a publicar um alerta no mercado contra a empresa do casal, a NQZ Participações e Investimentos LTDA, que depois se tornou Alternative Assets NQZ Consultoria.

Genro de um famoso político paulista

“Não imaginava que o autor (da ação) teria maiores problemas, pois o réu sempre foi solícito no início dos investimentos, além de que é genro de um famoso político paulista, que trabalha em defesa do consumidor”, diz um trecho de um dos processos.

Em outra ação, cópias de mensagens de corretores de investimentos alegam que o negócio era legítimo devido ao parentesco do casal com o candidato à prefeitura de São Paulo:

“O dono é genro do Celso Russomanno, sabe? Ele não vai querer um escândalo desse pra cima dele e manchar o nome da família”, disse uma corretora, por WhatsApp, a uma vendedora de cosméticos de 29 anos, – moradora da zona sul, que perdeu R$ 20 mil – quando ela questionava o começo dos atrasos nos pagamentos.

Russomanno responde

Em resposta à reportagem, Russomanno respondeu com um vídeo em que afirma ser alvo de “ataque pessoal”, e diz que o genro tem “problemas financeiros, assim como milhares de outros brasileiros”, sem citar sua filha.

Em julho deste ano, o candidato atacou o Bitcoin no programa Cidade Alerta, da TV Record, que “quem ganha dinheiro com Bitcoin é golpista”, e afirmou que iria atrás do criador da Genbit, acusada de pirâmide financeira com criptomoedas. Neste caso, no entanto, ele não parece querer envolvimento.

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