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Você está sendo minerado pelo governo

O conceito de Prova de Trabalho sempre esteve ligado ao dinheiro, à moeda e às reservas de valor ao longo da história, mesmo antes da criação do Bitcoin (BTC) e do seu processo de mineração.

A Prova de Trabalho é algo muito presente em todo o mercado do ouro, a principal reserva de valor da humanidade nos últimos milênios. Para extrair o metal precioso é necessário despender recursos energéticos e trabalho humano, e este é um dos fatores que tornam o ativo tão valioso.

Caso fosse simples e fácil a extração do metal, a consequência inevitável é que sua oferta seria abundante e menos escassa, o que não o tornaria um bom ativo para a preservação de valor no tempo.

Um fato curioso tanto da mineração de ouro, quanto de bitcoin, é que o custo da atividade tende a se equilibrar com o preço do ativo. Por exemplo, 1 bitcoin hoje é negociado em cerca de US$ 42 mil. Por sua vez, o custo para produção de 1 btc, levando em conta o custo do hardware e da eletricidade, se aproxima também deste valor. 

Dessa forma, assim como no ouro, a mineração de bitcoin pode não ser uma atividade tão rentável caso não haja as condições corretas.

O custo da mineração é também um fator que impulsiona o preço dos dois ativos. Quanto maior o custo de mineração, maior tende a ser o custo do bitcoin e do ouro, e este tem sido um bom indicador histórico do preço do btc.

No Bitcoin, a mineração tem um papel ainda mais fundamental, uma vez que é através dela que os registros da blockchain se mantém seguros com o tempo. Quanto maior poder computacional, mais segura é a rede e maior tende a ser o seu valor agregado.

A Prova de Trabalho é o que garante a honestidade e parte do valor de um ativo, uma vez que o dinheiro é justamente uma representação do esforço e do trabalho humano. 

Uma comparação pode ser feita com a arte clássica. O custo de uma obra normalmente está muito ligado ao esforço de sua criação, pelo tempo de estudo despendido pelo artista ao longo dos anos e pelo seu empenho no desenvolvimento daquela obra, que pode ser considerada uma reserva de valor no sentido mais original da palavra.

O esforço despendido em uma obra é auto-evidente, facilmente observável e verificável.

Davi, de Michelangelo.

O mesmo conceito se aplica também a commodities e bens de consumo.

Você está sendo minerado

O mundo vive desde a quebra do acordo de Bretton Woods em 1971, o sistema monetário fiduciário. A criação do dinheiro por parte do governo não requer nenhum tipo de esforço. Basta uma ordem executiva, alguns botões e pronto.

A consequência lógica disso é a desvalorização constante e sistêmica do dinheiro ao longo do tempo. O custo real disso pode ser medido pelo aumento percentual dos agregados monetários. O indicador mais observado é o M2.

O IPC, IPCA e outros índices inflacionários não descrevem bem a desvalorização do dinheiro, uma vez que apresentam somente o aumento de preços de uma cesta específica de produtos e ativos. 

Além disso, a tendência natural em uma economia em crescimento é a deflação, os produtos se tornando progressivamente mais baratos. Este é o cenário normal proporcionado por uma moeda forte.

Dessa maneira, o custo do sistema fiduciário é o seu empobrecimento, da sua família, amigos e da sociedade produtiva de maneira geral.

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Do lado oposto, quem se beneficia desse sistema é o governo, indivíduos, instituições e empresas próximas ao emissor da moeda.

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