A empresa de arbitragem de criptomoedas Atlas Quantum anunciou que fará a recompra dos bitcoins bloqueados de seus clientes. De acordo com o comunicado publicado na sexta-feira (1), a aquisição terá como referência o valor de mercado.
Segundo a publicação, a recompra começará na segunda-feira (4) e ocorrerá somente em dias úteis, em horário aleatório.
“As ofertas serão efetivadas diretamente na plataforma Quantum”, afirmou a empresa. “As ordens que estiverem mais próximas do preço referência de mercado, serão atendidas primeiro, seguidas das demais (do valor mais caro, para o valor mais barato).”
A Atlas alerta ainda para clientes interessados em participar da recompra cujos valores das atuais ordens de venda são inferiores à referência de mercado, instruindo que estes:
“Devem entrar em contato com os seus representantes comerciais, solicitando ajustes no preço de oferta na mesa de operações. Clientes que não têm representantes comerciais devem colocar suas ordens diretamente na plataforma.”
A medida, no entanto, terá uma taxa de 0,5% nas operações de compra e venda de bitcoins/reais sobre o valor transacionado, alerta a empresa.
De acordo com a empresa, a iniciativa é “mais uma demonstração do compromisso da Atlas Quantum” com os clientes.
Crise na Atlas
A empresa está com saques travados na plataforma desde agosto deste ano, quando foi proibida de realizar ofertas de investimentos no Brasil pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em outubro, a Atlas começou a oferecer bitcoins com ‘desconto’ de até 70%. Os saques, que só poderiam ser realizados em reais geraram prejuízo aos clientes, que se revoltaram com a empresa.
Como justificativa para o bloqueio dos saques, a Atlas afirmou que os mais de 7.500 bitcoins estavam presos nas exchanges HitBTC e Gate.io em um vídeo publicado pela empresa.
No entanto, ambas as exchanges desmentiram a declaração da Atlas. Posteriormente, um especialista analisou o vídeo divulgado e apontou como pode ter sido feita a manipulação das imagens.
A empresa está processando um cliente que se aproveitou de um bug na plataforma e sacou 700 bilhões de vezes o valor requerido inicialmente e será investigada na CPI das Criptomoedas.