Nivaldo Gonzaga, presidente da Genbit, revelou durante uma live no Instagram nesta sexta-feira (14), o paradeiro do dinheiro dos clientes da empresa acusada de pirâmide financeira, conforme reportou o Livecoins.
Ao lado do advogado Rainaldo Oliveira, Gonzaga iniciou a transmissão de cerca de 18 minutos em tom religioso, agradecendo à Deus, e a todos os envolvidos com a Genbit, e afirmou:
“As pessoas falam o que pensam a respeito do nosso grupo, e hoje diremos realmente o que somos”, disse.
Onde está o dinheiro?
Depois de alguns minutos argumentando com o objetivo de legitimar os negócios da empresa e seu sistema, Gonzaga voltou a dizer que o dinheiro aplicado pelos clientes foi convertido em Treep Token (TPK), uma moeda lançada em novembro de 2019 que só existe na plataforma da empresa, e que não possui valor no mercado.
A novidade, no entanto, é o lançamento de maquininhas de pagamentos chamadas POS Treeppay, que aceitam o token da empresa numa parceria que representa a 3° fase do plano de negócios do Grupo Tree Part, responsável pela Genbit.
Por meio do cartão Treeppay, cuja solicitação foi liberada no início do mês, segundo comunicado, os clientes da Genbit podem gastar seus fundos em estabelecimentos parceiros, declarou o CEO.
O problema é que os clientes aplicaram valores na empresa sob a promessa de receber 15% ao mês garantidos, e nunca tiveram uma escolha a respeito do TPK, já que seus fundos foram deliberadamente convertidos no token.
Agora, investidores que venderam a casa, carros, ou aplicaram toda a aposentadoria do pai no negócio, só poderão usar o token da empresa em postos de gasolina, lojas e restaurantes de cidades do Paraná e São Paulo, segundo o comunicado.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo declarou recentemente que um inquérito foi instaurado para apurar as denúncias contra a Genbit. A empresa já foi citada em decisão do Tribunal de Justiça como “possível golpe”
A empresa é acusada de usar a religião para conseguir convencer pessoas a investirem no negócio. Uma investidora chegou a declarar que a Genbit ‘parecia uma seita religiosa’, enquanto outra afirmou que só investiu no esquema porque “disseram que eram evangélicos”.