Satoshi propositalmente minerou menos bitcoin do que podia, diz pesquisa

Um novo estudo indica que Satoshi Nakamoto, pseudônimo usado pelo criador do bitcoin, pode ter propositalmente minerado menos blocos que era possível nos primeiros dias da criptomoeda.

Conforme reportou o Decrypt, a pesquisa foi conduzida por Sérgio Demain Lerner, cofundador da startup de Bitcoin RSK e antigo pesquisador dos padrões de mineração de Patoshi, pseudônimo de um minerador de bitcoin entre 2009-2010, o qual assume-se que se trate do criador da primeira criptomoeda do mercado, o BTC.

Em uma nova publicação em seu blog, Lerner aponta que Patoshi pode ter mantido seu equipamento de mineração desligado nos primeiros 5 minutos de todo “intervalo de bloco” (ou, o tempo entre um bloco na blockchain do Bitcoin e o próximo).

Acredita-se que Patoshi seja responsável pela mineração de uma quantidade esmagadora de blocos ainda no início da história do Bitcoin.

Com a ajuda de outros pesquisadores anônimos, durante anos Lerner foi a fundo no mistério de quanto BTC Satoshi pode ter explorado antes de deixar o projeto em 2010.

Ao longo dos anos, novas evidências surgiram de padrões de como cada minerador inicial estampava seus blocos de mineração no blockchain do Bitcoin, diminuindo a expectativa de unidades mineradas por Patoshi.

Depois de os endereços supostamente pretendentes a Satoshi serem assinados num esforço para mostrar que Craig Wright, o autoproclamado criador do bitcoin é uma farsa, Lerner encontrou novas evidências para sugerir que Satoshi intencionalmente evitou minerar Bitcoin depois que um novo bloco foi transmitido.

Em uma nova postagem em seu blog, o pesquisador afirma:

“Ainda é possível que Patoshi tenha desligado seu equipamento de mineração por cerca de 5 minutos após a mineração de um bloco”, disse Lerner para justificar porque existem desvios estranhos nos intervalos dos blocos minerados de Patoshi.

É possível que ele tivesse que esperar esse tempo, ou talvez, ele estivesse dando aos novos mineradores a chance de chegar ao bloco antes que ele pudesse.

Até hoje, esse minerador não acessou suas centenas de milhares de Bitcoin (que valem bilhões de dólares aos preços atuais) desde a mineração em 2009 e 2010, o que torna mais fácil acreditar no ato de altruísmo.

Outra possibilidade envolve basicamente criar um carimbo de data / hora artificial em um bloco se, uma vez extraído, outro for extraído imediatamente após a transmissão.

Nesse cenário, Patoshi estaria tentando corrigir um bloco que foi extraído “muito rapidamente”, atrasando os tempos de bloco para o próximo bloco após a ocorrência dessa dupla mineração (os blocos de Bitcoin são extraídos em média a cada 10 minutos), aponta a matéria.

Lerner sugeriu que Satoshi pode ter evitado a mineração no início em um intervalo de blocos, enquanto também garantiria a mineração de blocos suficientes a cada 10 minutos para garantir que a rede estivesse funcionando corretamente, independente de qual possibilidade é real.

Disclaimer
As informações contidas neste artigo são de caráter informativo e refletem a opinião do autor. Não constituem aconselhamento financeiro, jurídico ou de investimento. O mercado de criptomoedas é volátil e envolve riscos. Faça sua própria pesquisa antes de tomar qualquer decisão.

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