Durante uma reportagem do programa Cidade Alerta na TV Record, exibida no último sábado (25), um investidor que perdeu mais de R$200 mil na Genbit disse que a empresa é liderada por um “servo do diabo”.
O negócio que atraiu clientes com promessas absurdas de lucro ao mês com operações em bitcoin é suspeito de pirâmide financeira, após deixar de pagar os clientes e sofrer uma ação civil de R$1 bilhão por parte do Ministério Público.
Investidores já acusaram a Genbit de ter apelado para a religião, ao afirmar que se tratava de uma “empresa evangélica” para ganhar a confiança dos clientes.
A empresa controlada pela Gensa Serviços Digitais S.A., que foi proibida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de atuar no Brasil, já foi até retratada como uma “seita religiosa” e arbitrariamente converteu o dinheiro dos investidores em um token sem liquidez, chamado Treep Token (TPR), depois de conseguir o dinheiro daqueles que acreditaram no negócio.
Servo do diabo
Na reportagem que foi ao ar, um empresário que perdeu mais de R$200 mil na Genbit revela também ter caído na conversa de Nivaldo Gonzaga, líder da empresa, que se dizia ser “um servo de Deus”.
“Só no meu nome investi cinquenta e poucos mil, no nome da minha esposa cinquenta e poucos mil, no nome da minha empresa e da minha cunhada”, afirma o investidor, ressaltando que confiou no criador da Genbit.
“Ele falava que era servo de Deus. Ele é servo do Diabo”, enfatizou.
Dinheiro no exterior
Segundo Daniele Panzonatto, advogada que representa 50 investidores lesados pelo negócio, o dinheiro aplicado na Genbit “foi provavelmente para fora do Brasil”.
“Precisamos agir rápido”, enfatiza.
A advogada disse ainda que parentes de Nivaldo têm informações sobre o paradeiro do montante investido por mais de 45 mil pessoas.