O Bitcoin (BTC) abriu o ano de 2021 em grande estilo, superando a marca de US$ 34 mil na madrugada deste domingo (03) enquanto os Estados Unidos correm para retomar controle.
A principal criptomoeda do mercado ultrapassou os 30 mil dólares pela primeira vez no sábado (02), numa alta de 50% nas últimas duas semanas devido ao aumento do entusiasmo em antigos e novos investidores.
Mas os EUA estão de olho neste mercado, e agora querem que os cidadãos norte-americanos relatem a posse de criptoativos.
Só em 2020, o bitcoin saltou 300% com a forte demanda de grandes investidores institucionais atraídos pelas vantagens de proteção contra a inflação e potencial de altos ganhos.
Boa parte do mercado de altcoins seguiu o criptoativo no movimento de alta, proporcionando ganhos expressivos a traders e investidores.
Mas já no fim da liderança de Donald Trump no governo dos EUA, a Rede de Combate a Crimes Financeiros (FinCEN), uma agência do Departamento do Tesouro do país, apresentou uma proposta de alteração nos regulamentos de contas bancárias e financeiras estrangeiras para incluir as moedas digitais.
Apresentada no dia 31 de dezembro, a proposta de emenda na Lei de Sigilo Bancário (FBAR) foi lançada no documento intitulado “Aviso FinCEN 2020-2”, que diz:
“FinCEN pretende propor a alteração dos regulamentos que implementam a Lei de Sigilo Bancário (BSA) em relação aos relatórios de contas financeiras estrangeiras (FBAR) para incluir a moeda virtual como um tipo de conta reportável.”
Com a mudança, as regras da FBAR sobre criptomoedas ficariam alinhadas com as que se aplicam a dinheiro em poder de cidadãos americanos fora de seu país de origem.
Atualmente, aponta o documento, o regulamento afirma que “uma conta estrangeira com moeda virtual não pode ser reportada no FBAR”.
Se a mudança for implementada, pode fazer com que os cidadãos norte-americanos sejam obrigados a relatar se detêm mais de US$ 10.000 em criptomoedas com provedores estrangeiros de serviços de moeda digital, apontou o Coindesk.
No entanto, o aviso da FinCEN não menciona quando a proposta deve ser implementada, ou quais informações os detentores de criptomoedas serão obrigados a relatar.
Hoje, pessoas físicas que solicitam FBARs devem informar o nome e número da conta, endereço do banco estrangeiro onde estão os fundos, o tipo de conta e o valor máximo mantido durante o ano.