Em relatório publicado na última quinta-feira (07), o departamento do Tesouro do Reino Unido classificou o XRP da Ripple como um token de negociação.
Enquanto a Ripple enfrenta nos Estados Unidos uma ação judicial da SEC sobre a classificação de seu token como um título, o HM Treasury, Departamento de Negócios e Finanças do governo do Reino Unido, resolveu prestar esclarecimentos sobre sua posição.
A categorização do XRP foi publicada em um documento de 41 páginas no qual a autoridade regulatória britânica afirma que as criptomoedas atendem a uma variedade de funções, desde o comércio de colecionáveis digitais até o levantamento de capital para novos projetos.
O texto, intitulado “Abordagem regulatória do Reino Unido para ativos criptográficos e stablecoins: consulta e solicitação de evidências”, diz ainda que não existe um consenso internacional acerca de uma taxonomia ou classificação para os criptoativos.
XRP é token de negociação
O artigo aponta que, em 2019, o Financial Conduct Authority (FCA), regulador financeiro do Reino Unido, publicou uma “Orientação sobre Cripto-Ativos”, onde são descritas três categorias de tokens:
- Tokens de dinheiro eletrônico;
- Tokens de títulos;
- Tokens não regulamentados.
De acordo com a classificação, os tokens de títulos têm características semelhantes a um investimento específico, “como um título de ação ou dívida, conforme definido na legislação do Reino Unido”.
Nos EUA, é nessa categoria que a autoridade regulatória está colocando o token da Ripple. Contudo, o Tesouro do Reino Unido tem outra perspectiva, e enquadra o XRP em “tokens não regulamentados”, que se divide em duas subcateogiras:
Há os tokens de utilidade (utility tokens) e os tokens de troca / negociação (exchange tokens). A autoridade britânica afirma:
“Exchange tokens: tokens usados principalmente como meio de troca – isso inclui criptoassets amplamente conhecidos, como Bitcoin, Ether e XRP.”
O posicionamento escolhido pelo governo do Reino Unido dá ênfase às boas relações da Ripple com a nação europeia formada por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
Em outubro do ano passado, Brad Garlinghouse, CEO da Ripple, anunciou que a empresa estaria planejando sair dos Estados Unidos devido às dificuldades regulatórias, e citou Londres como um possível destino, ao lado de Suíça, Cingapura, Japão e Emirados Árabes.