Itaú comete falha no PIX e transfere quase R$1 milhão indevidamente

itaú-banco-bitcoin-funcionário-trade-negociação-trading-demite

Um dos maiores bancos do Brasil, o Itaú, cometeu uma falha na integração com o sistema do Banco Central (BC), o PIX, e transferiu quase R$1 milhão indevidamente.

Conforme reportagem do Cointelegraph, o Itaú enviou os valores indevidos para os clientes das seguintes instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Sicred, Bancoob, Nubank, Banco Original e Banco Inter.

O Banco Itaú afirma que por mais que a falha tenha sido exclusivamente em seu sistema, as outras instituições não colaboraram para a devolução dos valores mesmo sabendo do ocorrido.

Segundo a instituição, “a razão de um erro sistêmico, foram realizadas transferências indevidas e, portanto, em excesso para as contas bancárias dos bancos favorecidos (em simples explicação: houve débito de X e crédito de X + X) (…) Esse tipo de falha sistêmica ocorre com alguma frequência no âmbito das instituições financeiras”.

Com isso, o Itaú está processando os outros bancos por estarem “cientes da falha sistêmica” e não devolverem o dinheiro.

“Os Réus, ainda que cientes da falha sistêmica quando o valor ainda estava sob a sua ingerência, ao invés de devolverem o valor indevido ao Autor, permitiram a liquidação dos créditos nas contas dos correntistas destinatários, impedindo o estorno e causando o enriquecimento sem causa em relação ao qual ora se pleiteia devolução de valores”, afirma o Itaú.

Ao descobrir o erro, a instituição financeira entrou em contato com os outros bancos para que eles contatassem os destinatários das transferências e realizassem a devolução de forma imediata.

Contudo, nenhum estorno foi realizado. O Itaú pede no processo, que as instituições informem todos os dados dos clientes afetados para que o banco possa abrir um processo judicial contra eles.

O Banco do Brasil afirma que “o pedido do Itaú para que as instituições financeiras façam bloqueios “automáticos” nas contas dos usuários é ilegal”, o pedido de estorno tem que ser iniciado pelo cliente.

As transferências no PIX só podem ser revertidas pelo usuário recebedor da transferência em até 90 dias, ou em casos que o Banco Central do Brasil acredita que ocorreu uma fraude na transferência.

Neste caso, o BC poderia reverter a transação sem perguntar ao recebedor. “Com isso, se houver comprovação de fraude, será possível fazer reembolso sem autorização da pessoa que recebeu o depósito”, informou o BC.

Ainda não há uma decisão final sobre o processo envolvendo o Itaú e os outros bancos.

Com as réplicas do Banco do Brasil para o Itaú, é possível que o Banco Central possa rever algumas regras do PIX com relação à segurança e fraudes nas transações.

Posicionamento do Banco: O Itaú Unibanco não comenta processos que correm em segredo de justiça. O banco esclarece, no entanto, que os clientes que tiveram débitos em duplicidade em razão de uma falha operacional pontual foram reembolsados imediatamente. O banco ressalta, ainda, que o acionamento judicial é uma medida usual entre as instituições nesse tipo de situação, pois traz segurança jurídica para que elas façam os estornos das contas creditadas indevidamente.

Disclaimer
As informações contidas neste artigo são de caráter informativo e refletem a opinião do autor. Não constituem aconselhamento financeiro, jurídico ou de investimento. O mercado de criptomoedas é volátil e envolve riscos. Faça sua própria pesquisa antes de tomar qualquer decisão.

Artigos relacionados

icon dezembro 18, 2024

O que esperar do token Vana (VANA) em 2025?

Escrito por Thiago Barboza
Fartcoin alcança capitalização bilionária: o que vem a seguir?
icon dezembro 19, 2024

Fartcoin alcança capitalização bilionária: o que vem a seguir?

Escrito por Thiago Barboza
5 Altcoins com potencial de entregar um rali de alta em dezembro
icon dezembro 19, 2024

5 Altcoins com potencial de entregar um rali de alta em dezembro

Escrito por Thiago Barboza