Cerca de 560 mil transações aguardam confirmação na Mempool do Bitcoin, mostram dados de exploradores de blocos. Estas transações não confirmadas totalizam 1GB de dados, que são armazenados pelos nós da rede.
Este congestionamento ocorre pois o bloco do Bitcoin conta com um limite de pouco mais de 1MB (pós atualização Segwit), que foi definido por Satoshi Nakamoto em 2010 como uma medida anti-spam.
Apesar de Satoshi ter dito que o bloco deveria aumentar ao longo do tempo para permitir o uso da rede por mais usuários, isso nunca aconteceu.
No estado atual, o Bitcoin não é capaz de processar muito mais que 150 milhões de transações por ano. Nos últimos meses, os blocos da rede tem estado sempre cheios, com uma fila na mempool acumulando transações.
Este congestionamento tende a pressionar o custo das taxas de transação. No primeiro trimestre do ano, as transações na rede alcançaram mais de US$ 10 por transferência, situação que permaneceu por alguns dias.
No momento de redação deste artigo, as taxas da rede estão em cerca de R$ 5 reais.
NFTs no Bitcoin
Algo que tem potencializado a situação de congestionamento do Bitcoin é a criação de NFTs no protocolo. Alguns projetos, como Ordinals e tokens BRC-20, têm ocupado uma parte significativa do espaço dos blocos da rede.
Confira esta ilustração do bloco 806.738:
As transações que ocupam maior espaço do bloco, como podem ser observadas pelos quadrados maiores, se tratam provavelmente de NFTs no protocolo.
Apesar das críticas de entusiastas do Bitcoin, os usuários que gastam recursos criando tokens e NFTs sobre a blockchain da criptomoeda estão ajudando na segurança do protocolo. Isso ocorre pois as taxas pagas para cunhar esses ativos digitais são pagas aos mineradores, responsáveis por parte da segurança do Bitcoin.