O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um conjunto de medidas econômicas para o Brasil que trazem mudanças que impactam desde a gestão fiscal do governo até benefícios sociais e previdenciários.
Segundo Haddad, as propostas buscam reduzir gastos públicos em R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.
Uma das mudanças é a isenção do Imposto de Renda (IR) para cidadãos com renda mensal de até R$ 5 mil, promessa feita por Lula durante a campanha presidencial.
Além disso, o pacote prevê a adaptação do crescimento do salário mínimo ao intervalo permitido pelo novo arcabouço fiscal.
Esse sistema substituiu o teto de gastos em 2023 e estabelece que as despesas públicas podem crescer de 0,6% a 2,5% acima da inflação, dependendo do desempenho da receita do governo.
Detalhes das ações para cortes de gastos
- Limitação do crescimento das emendas parlamentares ao teto de 2,5% ao ano.
- Alterações na idade mínima de aposentadoria dos militares.
- Reajuste no abono salarial, mantido para trabalhadores com renda de até R$ 2.640, com correções futuras baseadas na inflação.
- Estabelecimento de um direcionamento de 50% das emendas de comissões para a saúde pública, fortalecendo o Sistema Único de Saúde (SUS).
- Restrições à criação ou ampliação de benefícios tributários em casos de déficit primário.
Durante o pronunciamento, o ministro reforçou que o combate à inflação, a redução do custo da dívida pública e a queda dos juros são prioridades para o governo.
Haddad também falou sobre a importância de uma economia mais justa, na qual quem possui maior renda contribua proporcionalmente mais, possibilitando investimentos que melhorem a vida da população.
As propostas ainda precisam passar pela aprovação do Congresso Nacional, mas o político demonstrou otimismo em relação ao andamento das pautas, mesmo diante de um calendário legislativo apertado.