Brasil 
dezembro 2, 2024 
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O cenário econômico brasileiro apresenta ajustes nas projeções de inflação, crescimento do PIB e taxa de juros, de acordo com as novas previsões divulgadas no Boletim Focus.
A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, foi revisada para 4,71% em 2024, acima do limite superior da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.
Para 2025, a estimativa também aumentou, indo de 4,34% para 4,4%. Em 2026 e 2027, as previsões são de 3,81% e 3,5%, respectivamente.
O Banco Central adota uma meta de inflação para conduzir sua política monetária, mas a partir de 2025, passará a vigorar um sistema de meta contínua, onde não será mais necessário definir uma meta anual. O centro da meta será de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Selic
Em termos de política monetária, a taxa básica de juros, a Selic, se manteve em 11,25% ao ano, após uma série de cortes desde o pico de 13,75% em 2022. O Comitê de Política Monetária (Copom) já sinalizou que o corte da taxa poderá continuar no fim deste ano, com uma expectativa de que ela chegue a 11,75% ao ano até dezembro.
Para os anos seguintes, espera-se que a Selic suba para 12,63% em 2025, antes de ser reduzida novamente para 10,5% em 2026 e 9,5% em 2027.
Esses ajustes nas taxas de juros refletem as tentativas do Banco Central de controlar a inflação e evitar um aquecimento excessivo da economia. O aumento da Selic encarece o crédito e pode reduzir o consumo e a demanda, enquanto uma Selic mais baixa tende a estimular a economia, ao tornar o crédito mais acessível.
No campo da economia, a expectativa de crescimento do PIB para 2024 foi ajustada de 3,17% para 3,22%. Em 2023, o Brasil surpreendeu com um crescimento de 2,9%, enquanto em 2022 a expansão foi de 3%. Para 2025, o mercado espera uma desaceleração, com um crescimento projetado de 1,95%, e uma taxa de 2% em 2026 e 2027.
Quanto ao câmbio, a expectativa é que o dólar termine 2024 cotado a R$ 5,70, e que a moeda americana se valorize um pouco mais em 2025, alcançando R$ 5,80.
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