Recentemente o Criptonizando noticiou uma iniciativa contra o coronavírus (COVID-19) que os mineradores de criptomoedas podem tomar para ajudar os cientistas no combate a doença.
O CoreWeave, maior minerador dos Estados Unidos na blockchain Ethereum, tomou a frente e iniciou 6.000 unidades de processamento de gráficos (GPUs) redirecionadas para pesquisas sobre a pandemia que está arrasando a saúde global atualmente.
Segundo publicação da CoinDesk, as GPUs estão apontadas para o projeto Folding@home da Universidade de Stanford, que tem como objetivo aproveitar o poder de computação não utilizado para a pesquisa de doenças.
A iniciativa apoiada pela fabricante de hardware de computador, NVIDIA, lançou um esforço em 27 de fevereiro especialmente para impulsionar a pesquisa acerca do coronavírus para o desenvolvimento de medicamentos.
Segundo Brian Venturo, cofundador do CoreWeave e diretor de tecnologia (CTO), o projeto tem pelo menos uma chance de encontrar um medicamento para o vírus.
Por isso, ele liberou as 6.000 GPUs, que representam cerca de 0,2% do hashrate total da Ethereum e ganhando cerca de 28 ETH por dia (equivalente a R$28.750).
“A pesquisa deles teve impactos profundos no desenvolvimento de medicamentos de defesa contra o HIV na linha de frente, e esperamos que nosso [poder computacional] ajude na luta contra o coronavírus”, disse Venturo.
Como as GPUs são úteis
O poder de computação das GPUs é usado para encontrar informações úteis relacionadas a doença e fazer simulações para tentar resolver o problema – da mesma maneira que as máquinas são usadas normalmente pelos mineradores para resolver equações matemáticas.
Os vírus têm proteínas “que eles usam para suprimir nosso sistema imunológico e se reproduzir” explica um post do Folding @ home.
“Para ajudar a combater o coronavírus, queremos entender como essas proteínas virais funcionam e como podemos projetar terapêuticas para detê-las. […] Nossa especialidade é o uso de simulações em computador para entender as partes móveis das proteínas. Observar como os átomos de uma proteína se movem um em relação ao outro é importante porque captura informações valiosas inacessíveis por qualquer outro meio”, diz o texto.
Para que isso seja possível, Venturo pede que outros mineradores de GPU se juntem à causa.
Johann Tanzer, fundador do Tulip.tools, convocou uma ação para os ‘padeiros’ da rede Tezos (XTZ) (equivalente aos mineradores da blockchain) prometendo enviar ao principal colaborador do Folding @ home um modesto 15 XTZ, que custa cerca de US $ 20 no momento.
A iniciativa chamou a atenção e agora já são 20 grupos de mineradores de Tezos contribuindo com uma parte do seu poder de hash para a causa.