A Venezuela, que recentemente regulou a mineração de Bitcoin no país, agora deu luz verde para a criação de uma plataforma DeFi para a produção de uma nova Bolsa de Valores descentralizada.
A plataforma será baseada na tecnologia da criptomoeda Ethereum, listando tokens, e deverá ser aberta para qualquer um interessado.
O plano é que na nova Bolsa também possam ser negociadas criptomoedas, assim como ações, títulos de dívida, moedas fiduciárias, títulos públicos e até derivativos (opções e futuros).
Na plataforma será possível que empresas realizem Oferta Pública Inicial (IPO). Custódia de ativos, transferência, negociação e liquidação também serão opções, segundo publicação da Gaceta Oficial.
“Esta plataforma permite que o processo de custódia dos títulos seja individual, blindado e público, com um sistema de negociação disponível 24 horas por dia e 7 dias por semana que garante transparência, segurança, rapidez, fiabilidade, rastreabilidade e menor custo das operações.”
Quem está à frente da iniciativa é a Superintendência Nacional de Valores Mobiliários (Sunaval), espécie de CVM do país comandado por Nicolás Maduro.
A autorização de funcionamento da plataforma foi publicada no diário oficial do país em 29 de setembro, mas o projeto já estava sendo desenvolvido há alguns meses.
A Bolsa de Valores Descentralizada da Venezuela, conhecida como BDVE, será a primeira do tipo em todo o mundo, segundo o site oficial, e contará com taxa zero em negociações de moedas fiduciárias e taxa de 0,1% para ativos alternativos.
Os usuários poderão acessar a plataforma “de qualquer lugar do mundo” e “sem restrições”.
Inicialmente, a plataforma passará por um teste de 90 dias antes de ser decidido se receberá licença para continuar negociando após o término do período.
A Venezuela está investindo pesado nas criptomoedas para fugir das sanções dos Estados Unidos, país com o qual vive uma crise política.