Uma empresária da Bahia está buscando na Justiça reaver o valor de R$ 100 mil investidos em um suposto golpe com bitcoin indicado por um pastor.
A empresária aplicou seus investimentos na YouxWallet, empresa suspeita de operar em um esquema de pirâmide financeira com criptoativos, conforme reportou o Portal do Bitcoin.
O negócio prometia retornos de 3% ao dia para os investidores.
A juíza Licia Pinto Fragoso Modesto, da 18ª Vara de Relação de Consumo de Salvador, de acordo com a decisão liminar, a história toda teria começado quando o antigo pastor da igreja colocou a empresária como cliente da YouxWallet.
Segundo a empresária, o suposto golpe dizia que “não existiria a perda do valor investido e que todo investimento era contabilizado em dólar, mas os pagamentos eram feitos em real ou bitcoin.”
Desde o ano passado a empresa comandada por Joab dos Santos está sendo investigada por operar uma suposta pirâmide financeira.
O responsável pela YouxWallet parou de pagar os investidores por um suposto “ataque cibernético”, argumento que também foi usado por outras empresas, como Grupo Bitcoin Banco e Midas Trend.
Em comunicado oficial, a empresa diz ter sido “alvo de invasões no sistema” e afirma “estar apurando a dimensão do prejuízo causado por essa invasão indevida”.
A YouxWallet causou um prejuízo de R$200 milhões, deixando diversas vítimas no prejuízo, incluindo a empresária.
A Justiça concedeu uma liminar para bloquear as contas da empresa e dos envolvidos no suposto golpe, declarando que é:
“Inadiável e urgente o bloqueio nas contas dos acionados a fim de satisfazer futura execução”.
Joab dos Santos, conhecido também como Pastor Joab, participou de outra pirâmide financeira, a Telexfree, em 2011.
Em 2014, a Telexfree foi proibida de atuar no Brasil, e em julho de 2017, a Justiça do Acre determinou uma sentença na qual proíbe a empresa de fazer novos contratos.