O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, mostrou grande interesse na revolução financeira das criptomoedas, e afirmou que permitirá que fazendas de mineração de Bitcoin se instalem no país, informou a mídia local.
Ele declarou que a energia nuclear excedente será utilizada para a atividade e disse que este é um novo capítulo na história do país.
“Vocês queriam criptomoedas, trades, mineração e todo o resto. Vocês queriam montar as fazendas de mineração… Juntos vamos por este caminho”, disse Lukashenko aos empresários da Bielorrússia.
A declaração aconteceu durante uma reunião com representantes de TI no High-Tech Park, em Minsk, e indica a intenção do país de superar a China, se tornando um centro de mineração de Bitcoin.
Mineração de Bitcoin com energia nuclear
É preciso usar grande poder de processamento e muita energia elétrica para minerar Bitcoin, o que torna a atividade cara. Isso acontece porque cada vez mais energia é necessária para manter a rede segura — o que só é possível graças ao algoritmo de prova de trabalho (PoW).
A proposta do presidente Alexander Lukashenko é de utilizar a energia que vai sobrar das novas instalações nucleares para minerar BTC.
“Da atividade das usinas, a energia excedente será utilizada em fazendas de mineração. Se temos o Bitcoin não há problemas em vender, não é mesmo?”, declarou.
De acordo com o presidente, as instalações de mineração serão montadas próximas à usina nuclear do país. A planta ainda está em construção e estará totalmente operacional até o verão de 2020 na Bielorrússia.
China pode proibir subsídios para mineração de Bitcoin
A atividade de mineração de criptomoedas foi colocada pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR) em uma lista de cerca de 450 indústrias que a entidade planeja eliminar.
Caso a decisão seja aprovada, os governos locais da China seriam proibidos de subsidiar os mineradores de Bitcoin e outras criptomoedas, o que faria com que o custo de mineração subisse muito, levando os mineradores a encerrar suas atividades.