Ricardo Salinas Pliego, fundador e presidente do conglomerado Grupo Salinas, avaliado em quase US$400 bilhões, foi repreendido pelo Banco Central do México após as suas falas afirmando que seu banco estava procurando aceitar bitcoin.
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Em um tweet e durante uma entrevista, Ricardo afirmou:
“O #Bitcoin é uma boa forma de diversificar sua carteira de investimentos e acho que qualquer investidor deve começar a estudar sobre criptomoedas e seu futuro.
No @BancoAzteca, estamos trabalhando para levá-los a novos clientes e continuar a promover liberdade. “
No dia seguinte às falas de Salinas, que foi repercutida por diversos portais de notícias ao redor do mundo, o Banco Central do México se posicionou, ressaltando a legislação aprovada em 2019 que proíbe instituições financeiras de oferecer serviços relacionados às criptomoedas no país.
“Com base na regulamentação em vigor, as instituições financeiras não estão autorizadas a deter nem oferecer ao público operações com ativos virtuais, como Bitcoin, Ether, XRP, entre outros, incluindo depósitos ou qualquer outra forma de custódia, bem como troca ou transmissão. “ – Afirmou a instituição.
Em resposta a uma publicação do site BTC Times com o título “Banco Central do México bloqueia plano de Ricardo Salinas de levar Bitcoin para o Banco Azteca”, o bilionário afirma:
“Veremos…”
Sem dúvidas, Ricardo deve ter grande capacidade de influência dentro país, visto o tamanho do seu conglomerado e a sua importância para a economia local. Por outro lado, não se pode descartar o grande poder do Banco Central do país de valer sua vontade.
Essencialmente, o Bitcoin tem o real potencial de tornar instituições como bancos centrais obsoletos com o passar do tempo, semelhante a como a luz elétrica fez com as velas, então é natural encontrar resistência por partes dessas instituições.
Não átoa, El Salvador, o primeiro país a adotar o bitcoin como moeda legal, não possui um banco central ou sequer moeda própria, utilizando desde 2001 o dólar americano.
Será que veremos um lobby judicial para alterar a lei por parte do bilionário? Ou ele será forçado a oferecer os serviços relacionados às criptomoedas para seus clientes em uma outra jurisdição?
Me parece uma briga de peixes grandes. Quem você acha que vai ganhar essa batalha?
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