O governo chines emitiu novas declarações sobre a indústria de criptomoedas no país, destacando novamente as proibições impostas há anos, e que foram intensificadas em 2021, curiosamente mesmo período do lançamento inicial do yuan digital.
“Recentemente, as atividades de marketing de moeda virtual aumentaram, perturbando a ordem econômica e financeira, gerando atividades ilegais e criminosas, como jogos de azar, arrecadação ilegal de fundos, fraude, esquemas de pirâmide e lavagem de dinheiro.” – Afirma comunicado do governo.
Até poucos meses atrás, a China era o maior polo de mineração de Bitcoin do mundo, com estimativas de que o gigante asiático era responsável por mais de 50% do hashrate da criptomoeda.
Essa verdadeira indústria cresceu organicamente ao longo dos anos, pois o país apresentava as características ideias para uma operação de mineração lucrativa, como energia elétrica e hardware baratos, além de clima ameno.
Como consequência à proibição da mineração na China, boa parte do poder computacional da rede Bitcoin teve que ser realocado para outros países. O impacto na taxa de hash foi sentido rapidamente, e agora se recupera das sua máxima histórica.
Proibição na prática
Apesar das proibições da ditadura de partido único da China, é importante ressaltar que proibições governamentais podem não funcionar na prática como planejado pelos burocratas. Por exemplo, mesmo com a internet restringida no país, muitos buscam por VPNs para burlar o firewall chinês, que limita o acesso a determinados conteúdos e assuntos na internet.
Nesse sentido, pode-se assumir que, apesar da proibição, que de fato deve ter inibido a indústria de criptomoedas no país, especialmente por parte de empresas, o mercado cinza e negro pode absover a demanda por indivíduos por cripto-ativos.
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