Michael Saylor, fundador da MicroStrategy, concedeu recentemente uma entrevista ao canal Markets with Madison. Na ocasião, Saylor foi questionado se a concentração de bitcoins em grandes empresas e custodiantes poderia ser perigosa em caso de um eventual confisco por parte dos governos.
A MicroStrategy é a maior detentora de BTC do mercado, com mais de 240 mil moedas em caixa. Muitos destes bitcoins foram adquiridos através de dívidas, o que torna as ações da empresa em um veículo de investimento alavancado em BTC.
Notavelmente, o governo dos Estados Unidos já desapropriou ouro no passado, impedindo o acúmulo do metal, que era utilizado para lastrear o dólar americano. Portanto, a questão levantada pela jornalista Madison é plenamente legítima.
No entanto, Saylor minimizou este risco, afirmando que este é um pensamento de “cripto-anarquistas paranoicos”.
“Penso que quando o bitcoin é mantido por um grupo de cripto-anarquistas que não são entidades regulamentadas que não reconhecem o governo ou não reconhecem impostos ou não reconhecem requisitos de relatórios, isso aumenta o risco de apreensão.”
“As pessoas dizem isso, mas são principalmente cripto anarquistas paranoicos que dizem isso, porque é um mito e um estereótipo que continua repetidamente.”
Naturalmente, as falas de Saylor atraíram muitas críticas. Max Keiser, um icônico bitcoiner, criticou Saylor e o lembrou que ele quase foi preso em 2020:
“@Saylor é o tipo de cara que acha que a stripper realmente gosta dele (ou, ele tem Síndrome de Estocolmo) Cara!!! Acorda! Tentaram te prender em 2020, lembra? ‘Fraude fiscal: DC resolve caso do bilionário do Bitcoin Michael Saylor por US$ 40 milhões’”.