Um homem de 25 anos no Japão foi sentenciado a três anos de prisão por desenvolver um ransomware utilizando inteligência artificial (IA) generativa.
No entanto, a sentença foi suspensa por quatro anos, permitindo que ele evite a prisão caso não cometa novos crimes nesse período.
No ano passado, Ryuki Hayashi, então desempregado, usou ferramentas de IA para criar um código capaz de invadir e criptografar dados de dispositivos de terceiros, exigindo pagamento em criptomoedas para restaurar o acesso.
Segundo Hayashi, ele precisou reformular seus comandos repetidas vezes para contornar as restrições de segurança da IA, o que lhe permitiu gerar o ransomware em menos de seis horas.
Durante sua audiência, o homem disse à polícia e à imprensa japonesa que seu objetivo era “ganhar dinheiro por meio de ransomware” e afirmou ter confiado na IA para executar sua ideia.
O juiz responsável pelo caso descreveu as motivações de Hayashi como “egoístas” e declarou que suas ações não deixavam “espaço para clemência”.
Além da criação do ransomware, Hayashi admitiu ter usado identidades falsas para adquirir cartões SIM, facilitando atividades que ele descreveu como um “bico na parte sombria” da internet.
Embora tenha sido considerado responsável por suas ações, o juiz suspendeu sua pena devido ao arrependimento demonstrado e à confissão espontânea dos crimes.
As autoridades apontaram que o ransomware criado por Hayashi não chegou a ser usado em ataques, o que foi levado em consideração durante o julgamento.