Alguns investidores conseguiram acessar a nova plataforma da Atlas Quantum antes do lançamento oficial e se depararam com criptomoedas que só existem no ‘Novo Quantum’, conforme informou o BeInCrypto.
Enquanto milhares de clientes esperam desde agosto de 2019 para sacar seus fundos, a empresa que diz operar com arbitragem de criptomoedas no Brasil decidiu transferir todos os saldos para a nova plataforma e agora parece que terá três novas criptomoedas.
Um dos novos projetos é o Bitcoin Quantum (BTQ). Enquanto as outras duas criptomoedas parecem ser stablecoins de moedas fiduciárias, como o real brasileiro e o dólar norte-americano: Real Quantum (BRQ) e Dólar Quantum (USQ).
O próprio Bitcoin também está listado, sob a sigla XBT, uma padronização internacional que define código de três letras para moeda corrente (como USD, BRL, etc).
A Atlas ainda não se pronunciou sobre esses projetos e os clientes não sabem quais serão os próximos passos da empresa que está com o site em manutenção desde o dia 20 de janeiro, com a promessa de que duraria apenas alguns dias, mas está quase completando um mês.
Na última terça-feira (13), a empresa publicou em sua página no Facebook sobre o acesso antecipado de alguns clientes, alegando que a plataforma “ainda não foi totalmente liberada” e que estão “trabalhando na sincronização” do banco de dados.
Os usuários da Atlas, no entanto, parecem não levar mais a empresa à sério há algum tempo, e mesmo antes da página sofrer um hack usado para fazer chacota do CEO Rodrigo Marques, as publicações da empresa já recebiam, em sua maioria, reações de riso e raiva.
Atlas não consegue provar à CVM que robô funciona
A empresa de Marques não conseguiu comprovar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a liquidez e real funcionalidade de seu robô de arbitragem de criptomoedas, e teve seu pedido de dispensa de registro para atuar no mercado cancelado pela autarquia.
De acordo com documentos divulgados pelo Cointelegraph, o relatório de auditoria apresentado pela Grant Thornton não provava nada, sendo que tinha apenas o intuito de validar a custódia de criptoativos nas corretoras, sem que isso constitua um trabalho de auditoria ou de revisão conduzido de acordo com as normas brasileiras e internacionais”.
A crise na Atlas começou quando a empresa recebeu uma stop order da CVM e bloqueou os saldos de seus clientes, embora tenha continuado com a atividade irregular.