O Banco Central do Irã autorizou bancos e cambistas a usar Bitcoin e demais criptomoedas para pagamento de importações. Enquanto isso, um projeto de lei está sendo redigido para fornecer clareza regulatória sobre atividades relacionadas à criptoeconomia.
Em outubro do ano passado, o governo iraniano alterou seu regulamento para permitir que o banco central financie as importações com bitcoin extraídos no país. As criptomoedas mineradas deveriam, no entanto, ser vendidas diretamente ao banco central.
Com a medida, apesar da limitação imposta aos mineradores, fez com que o Irã se tornasse o primeiro estado a oficialmente acumular Bitcoin em suas reservas. Após isso, a petroleira estatal russa Gazprom iniciou operações para minerar BTC com a energia excedente da extração de petróleo e gás.
A medida do país só não foi mais invasiva para com os mineradores do que a ação tomada pelo governo da Venezuela, que obrigou que a mineração de criptomoedas fosse realizada apenas através da pool estatal do país.
Contudo, a medida tomada por Nicolás Maduro se mostrou altamente inefetiva, visto a dificuldade de se fiscalizar tal atividade, especialmente pelo governo disfuncional da venezuela e pela ampla aceitação das criptomoedas no país que sofre com a hiperinflação à anos.
O Irã emitiu mais de 1.000 licenças para mineração de criptomoedas, incluindo uma para a gigante turca Iminer. No total, mais de 1620 fazendas ‘ilegais’ de mineração foram fechadas no ano passado.
O país viu a adoção das criptomoedas acelerar fortemente com o aumento da inflação. Somente em 2020, o Irã sofreu com um aumento generalizado nos preços de cerca de 30%.
Enquanto isso, Mohammadreza Pourebrahimi, chefe da comissão econômica, disse que a comissão fez um exame abrangente das atividades com criptomoedas no Irã e apresentará seus resultados na próxima semana.