Bancos de poupança da Alemanha, conhecidos em alemão como Sparkassen, estão trabalhando em um projeto que lhes permitirá negociar criptomoedas como Bitcoin ou Ethereum, informou a publicação de negócios local Capital.
De acordo com o relatório, uma equipe dedicada da provedora de serviços de TI S-Payment está preparando o conceito, com os comitês das entidades econômicas para votar o projeto no início do próximo ano.
Se a votação for aprovada, os bancos de poupança alemães seriam capazes de lançar serviços de negociação de criptomoedas.
Atualmente, existem cerca de 370 bancos de poupança na Alemanha incorporados sob a égide da Associação Alemã de Bancos de Poupança, trabalhando de forma relativamente descentralizada – cada Sparkasse é independente, gerenciado localmente e se concentra nos clientes da região onde está localizado.
Com uma base de clientes combinada de cerca de 50 milhões e € 1,4 trilhão (US$ 1,58 trilhão) em ativos sob gestão, as instituições são consideradas líderes de mercado entre as instituições financeiras alemãs.
A iniciativa é apresentada logo após o recém-formado governo alemão assinar o acordo de coalizão, que cita as criptomoedas e a tecnologia de blockchain entre os principais focos para o desenvolvimento do país nos próximos quatro anos.
De acordo com o relatório da Capital , o plano implica que os clientes da Sparkasse poderiam comprar e vender criptomoedas diretamente por meio de suas contas correntes, sem a necessidade de passar por procedimentos de verificação adicionais.
No entanto, devido ao princípio da gestão regional, cada banco de poupança decidiria de forma independente sobre a implementação de um novo recurso.
A medida também ocorre em meio à alta dos preços na zona do euro, que no mês passado atingiu uma alta recorde de 4,9%, colocando mais pressão sobre o Banco Central Europeu para que reveja sua política de taxas de juros ultra baixas.
De acordo com um relatório da Reuters, Helmut Schleweis, o presidente da Associação de Bancos de Poupança da Alemanha, recentemente chamou a combinação de taxas de juros baixas e preços crescentes de uma “mistura tóxica”, afirmando que ficou ainda mais difícil conter a erosão da riqueza.
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