possível emissão de um dólar digital baseado em blockchain foi discutida em uma nova audiência nos EUA, pelo Comitê Bancário do Senado.
A discussão ocorreu ontem, 30 de junho, e cobriu diversas questões acerca do assunto sobre como o dólar digital deveria ser criado, incluindo inclusão financeira e a concorrência com a China, que está desenvolvendo sua própria moeda digital já na fase de testes.
O ativo, neste caso, seria diferente do bitcoin e outras criptomoedas descentralizadas, embora também seja baseado em blockchain.
Também conhecidas como CBDCs, as moedas digitais emitidas pelos Bancos Centrais e controladas pelo governo de seus respectivos países funcionam como uma moeda fiduciária registrada em uma blockchain.
Para Charles Cascarilla, CEO da Paxos, “as stablecoins tratam do encanamento antiquado” do sistema financeiro americano, disse durante a audiência.
Complementando a discussão, a professora e pesquisadora de inclusão financeira da Duke, Nakita Cuttino, afirmou que é preciso “lidar com os atritos que existem com o sistema de pagamentos agora”.
“Qualquer solução deve ter baixos custos de transação. Nos primeiros dias do Bitcoin, o custo da transação era extremamente alto – e continua extremamente alto”, argumentou Cuttino.
Já o ex-presidente do CFTC e atual defensor do projeto Digital Dollar, Chris Giancarlo, declarou que “o mundo está perguntando qual o papel da América no futuro do dinheiro”, acrescentando:
“A escolha é que ou assumimos um papel de liderança ou aceitamos que outros liderem e consagrem seus valores em dinheiro”, afirmou.
Para a democrata Sherrod Brown (D-OH), o governo não deveria confiar em grande empresas de tecnologia ao invés do sistema bancário bancário do país.
Enquanto isso, o republicano Mike Crapo (R-ID), presidente do comitê, alertou que “os EUA devem ter regras claras para proteger empresas e consumidores sem sufocar a inovação”, sinalizando um amplo desejo de apoiar as empresas.