Tron é um protocolo descentralizado baseado na tecnologia Blockchain criado pelo Chines Justin Sun. Seu objetivo é criar uma internet livre de intermediários, que permitam uma ponte direta entre consumidores e produtores.
A ideia da Tron é muito semelhante em vários pontos a da Ethereum – apesar da Ethereum ser uma plataforma mais completa e com mais possibilidades-, e por isso podemos considerar ambas competidores, pois estão explorando nichos similares.
A ideia de retirar o intermediário do processo, através dos códigos inteligentes da Tron, levaria a uma redução dos custos do usuário e aumento dos lucros dos produtores. O que é claramente é muito interessante para os dois lados.
Para que fique mais claro, vamos usar o exemplo da Netflix, que é um serviço de entretenimento que disponibiliza filmes e seriados. A Netflix faz a ponte entre você e o produtor do conteúdo, cobrando de você a mensalidade e repassa uma pequena parte disso ao produtor.
A ideia da tron é substituir serviços como a Netflix (O mesmo raciocínio pode ser usado para o Spotify), permitindo que os produtores armazenem seus conteúdos em uma plataforma distribuída e descentralizada, sem nenhuma entidade central no controle. Isso permitiria aos usuários pagarem os valores diretamente aos produtores e, mesmo que você veja muitas dezenas de filmes/séries no mês, provavelmente ainda saíra bem mais barato que a Netflix.
Isso mudaria completamente a maneira como a internet funciona, colocando muito mais poder na mão de quem realmente está envolvido no processo, e não em pequenos grupos de intermediários que o controlam atualmente.
Quem criou a Tron?
Justin Sun é um Chinês bastante conhecido no mundo da internet. Atualmente tem 29 anos e é um dos maiores empreendedores do país, sendo responsável pela criação do Peiwo, um aplicativo que se assemelha ao SnapChat e é muito usado na china, possuindo mais de 50 milhões de usuários.
Além disso, Sun também trabalhou para a Ripple como representante chefe da plataforma na China.
Em 2017, ele foi listado pela revista Forbes na lista das pessoas com patrimônio superior a US$ 30 bilhões e idade inferior a 30 anos.
Também em 2017, Justin começou o seu projeto da Tron. O ICO da moeda foi um sucesso e conseguiu arrecadar aproximadamente US$ 70 milhões em poucos dias.
Desconfiança ao redor do projeto e seu criador
A Tron é uma das plataformas menos desenvolvidas se a comparamos às outras com grande valor de mercado. No momento, o projeto ainda possui poucas funcionalidades já prontas. Nem mesmo um Blockchain ou moeda própria o protocolo possui, sendo usado o protocolo da Ethereum e também um Token da própria Ethereum como moeda.
O projeto tem a previsão de conclusão apenas em 2027 e não se sabe se realmente entregará o que promete, pois ainda não existem suficientes evidencias de que a moeda poderá ser adotada em larga escala.
Além disso, o discurso sensacionalista de Justin Sun no Twitter também assusta um pouco os investidores. O Chinês está sempre tentando fazer anúncios bombásticos de parcerias que parecerem serem feitos para elevar o valor da moeda.
Outro fato que trouxe uma repercussão negativa para o projeto foi a acusação de plágio feita pelo criador da protocolo Labs, John Benet. John disse, através de sua conta no Twitter, que o Whitepaper da Tron é uma cópia reescrita do documento da PFS e Filecoin, que foi escrito por ele e outros funcionários da Protocolo Labs. Depois da acusação, a Tron retirou o Whitepaper do ar, no entanto, não chegou aa admitir o plágio.
O futuro da Tron
No site da Tron, eles publicaram os próximos passos do projeto e o dividiram em 6 estágios, o último deles esta previsto para ser finalizado em 2027:
1 – Exodus | Agosto de 2017 à Dezembro de 2018: A primeira fase do projeto finalizou recentemente e foi responsável por fornecer uma plataforma P2P gratuita para armazenamento de conteúdo.
2 – Odyssey | Janeiro de 2019 à Junho de 2020: Fase atual, o sistema incentiva a criação de conteúdo, permitindo que usuários lucrem com o que for produzido e distribuído.
3 – Great Voyage | Julho de 2020 à Julho de 2021: Permitirá que usuários criem seus próprios ICOs e emitam suas próprias moedas.
4 – Apollo | Agosto de 2021 à março de 2023: As moedas criadas pelos usuários já poderão ser negociadas, através de uma exchange gratuita da própria plataforma.
5 e 6 – Star Trek e Eternity | Abril de 2023 à Setembro de 2027: Essas duas fases tem como objetivo consolidar a plataforma de jogos online, onde os desenvolvedores poderão arrecadar fundos de investidores para o desenvolvimento das aplicações.
Conclusão
Como acabamos de ver no tópico anterior, o projeto TRON está claramente em uma fase inicial. Não há dúvidas de que o empreendimento é promissor e que vem ganhando cada vez mais popularidade no universo Blockchain.
O fato é que, se a Tron entregar o que promete, as possibilidades de sucesso são altíssimas. Entretanto, o que temos até agora são basicamente apenas promessas e qualquer tentativa de prever seu futuro será mero palpite.
No entanto, apesar das desconfianças, o projeto parece ter o apoio de grandes investidores chineses. Também não podemos esquecer que a Tron é sediada em um país que possui mais de 1 bilhão de habitantes, o que dá ao mesmo uma gigantesca possibilidade de usuários.
Agora, cabe a você, depois de toda essa análise, decidir por si só se vale a pena ou não investir na moeda. Só não se esqueça de nunca investir mais do que você esteja preparado para perder, e não apenas em criptomoedas, mas em qualquer outro mercado de risco.
Próxima: Como comprar Tron?