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Jornal da Globo afirma que Grupo Bitcoin Banco não tem prazo para pagar ninguém

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O Jornal da Globo fez, no dia 26 de agosto, uma reportagem sobre o Grupo Bitcoin Banco, o qual é acusado de enganar seus clientes.

De acordo com a reportagem, a Polícia do Paraná está investigando o caso.

“A Polícia Civil do Paraná informou que as investigações correm sob sigilo. No estado do Paraná há pelo menos 100 ações na esfera cívil de pessoas que dizem que não estão conseguindo de volta o dinheiro que aplicaram e nem os lucors que obtiverm com a comercialização de criptomoedas”

A reportagem contou sobre alguns dos clientes do GBB, que, em busca da “arbitragem infinita”, enviaram seus Bitcoins para as plataformas NegocieCoins e TemBTC, ambas subsidiarias do Grupo Bitcoin Banco.

Entre os clientes citados, temos o William Muci Neto que, depois de ouvir que alguns amigos “se deram bem”, resolveu começar a investir em Bitcoin e, depois de pesquisar, conheceu o Grupo Bitcoin Banco.

“De 15 vi meu dinheiro virar 30”, disse a reportagem afirmando que aplicou mais de R$ 100 mil, esperando um lucro extraordinário e que agora não consegue resgatar seu dinheiro. Toda vez que pretende fazer um saque se depara com a informação “Temporariamente proibido de realizar retirada”, estampa  a tela quando faz login na NegocieCoins. “E isso não foi só comigo comecei a conversar com outros investidores e todo mundo começou a passar pelo mesmo tipo de situação”

Além do Neto, o Gustavo Guedes também contou sua historia que, mesmo após do início os problemas do Grupo, investiu na empresa em julho e, até o momento, não conseguiu sacar nada do que foi investido.O GBB, por sua vez, afirmou a Globo o que vem dizendo à imprensa desde que os problemas começaram,

“No dia 24 de maio, a empresa informou a descoberta de uma ação criminosa pela qual, valendo-se de uma brecha na plataforma das exchanges do GBB, um grupo de clientes duplicou os saldos de suas contas e efetuou saques indevidos, de dinheiro que não existia, num golpe calculado em R$ 50 milhões. Desde então, um conjunto de ações foi adotado para superar os efeitos da fraude e regularizar o pagamento dos saques solicitados”

No entanto, Jorge Luiz Nazario, diretor Jurídico do GBB, afirmou que não sabe quando os clientes vão receber os valores presos nas plataformas e afirmou:

“Tem que haver esta disponibilidade [ressarcir clientes] mas tem que ser na medida da conclusão do relatório de auditagem. Assim no momento que tiver esta conclusão o saque vai ser liberado aos clientes. O compromisso assumido pelo GBB vai ser honrado”, disse.

Entenda o caso

As exchanges NegocieCoins e Tem BTC estão com os saques travados desde 17 de maio

Poucos dias depois, o grupo anunciou que havia sofrido uma fraude de R$ 50 milhões  e, em seguida, a BatExchange, também parte do Bitcoin Banco, entrou em manutenção por tempo indeterminado

A Justiça do Paraná ordenou o bloqueio de quase R$ 6 milhões das contas do Grupo, mas encontrou menos de R$ 130 mil.

Vítimas que não conseguem resgatar os valores aplicados no Bitcoin Banco já abriram centenas de ações judiciais contra o Grupo. Os prejuízos são calculados em mais de R$ 200 milhões.

Em uma das ações, a justiça determinou o bloqueio de bens pessoais de Cláudio Oliveira, fundador do Bitcoin Banco. As autoridades foram até a casa e a chácara do empresário em busca de itens como obras de arte, joias, quadros, relógios e até sapados de marcas de luxo.

Nessa terça-feira, a Polícia Militar cumpriu um mandado de busca e apreensão na sede do Bitcoin Banco.

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