Em notícias recentes, delegado interministerial das Olimpíadas do governo francês, Michel Cadot, apresentou um relatório ao primeiro-ministro da França contendo algumas possíveis emendas para os Jogos Olímpicos de 2024.
Uma das recomendações é referente à emissão de ingressos que dará suporte ao evento. Para o delegado, as licenças baseadas na tecnologia blockchain trarão aos fãs uma segurança maior.
De acordo com seu plano, os ingressos devem ser intransferíveis e enviados pela organização alguns dias antes do início das Olimpíadas.
Os espectadores poderão obtê-los por meio de um QR code rotativo usando a blockchain. Ao entrar no local, os ingressos dos espectadores serão desativados automaticamente, após a realização do check-in.
Cadot acredita que essa personalização trará inúmeros benefícios aos visitantes, pois poderão receber mensagens utilitárias sobre locais, distritos de Paris e procedimentos de segurança durante os Jogos.
Ele também argumentou que a emissão de bilhetes em blockchain pode ser integrada com sucesso em outros grandes eventos esportivos realizados na França:
“Essas disposições já estão previstas para a Copa do Mundo de Rugby de 2023 e para as Olimpíadas e Paralimpíadas de 2024, e já são praticadas em grandes eventos como o Tênis Internacional da França.”
A possível atualização vem após o fiasco na final da Liga dos Campeões (Real Madrid x Liverpool), realizada em Paris no mês passado.
A partida foi adiada em mais de 30 minutos porque milhares de torcedores britânicos apareceram sem ingressos ou com ingressos falsos.
O Real Madrid foi coroado campeão europeu de futebol pela 14ª vez, o recorde. Porém os torcedores britânicos com passes falsos não puderam comparecer à partida, apesar de seus esforços para violar a segurança.
Criptos e as Olimpíadas Anteriores
Supondo que a França cumpra suas ambições, não será a primeira vez que os Jogos Olímpicos e a indústria de criptomoedas se unem.
No verão passado, a exchange indiana Bitbns premiou os vencedores de medalhas locais das Olimpíadas de Tóquio com criptomoedas.
Cada medalhista de ouro recebeu cerca de US$ 2.700 em ativos digitais, os de prata US$ 1.350 e US$ 675 para cada atleta que conseguiu o bronze.
Por sua vez, a China pretendia popularizar e difundir a adoção de seu yuan digital durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022.
Com isso permitiu que atletas e visitantes estrangeiros usassem o produto financeiro, apesar das preocupações de alguns políticos americanos.
Conforme relatado pela CryptoPotato, mais de US$ 315.00 em e-CNY foram negociados diariamente durante o evento esportivo.
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