Bitcoin 
fevereiro 6, 2025 
3 min. 
Arthur Hayes, cofundador e ex-CEO da BitMEX, emitiu um alerta contundente sobre a possibilidade de os Estados Unidos acumularem Bitcoin como uma reserva estratégica. Segundo Hayes, tal movimento seria arriscado devido aos fatores políticos e econômicos que caracterizam a gestão do país e a forma como o Bitcoin é percebido pelos legisladores norte-americanos.
Reserva de Bitcoin pode ter riscos indesejáveis
Hayes argumenta que, embora o Bitcoin tenha emergido como um ativo financeiro revolucionário e um “ouro digital” com potencial de reserva de valor global, sua inclusão em reservas estratégicas dos EUA traria complicações significativas. Ele destaca que o sistema político do país é altamente polarizado e sujeito a mudanças bruscas de prioridades. Isso tornaria a gestão de uma reserva em Bitcoin vulnerável a decisões políticas inconsistentes ou até hostis à natureza descentralizada da criptomoeda.
O ex-CEO também alertou para o risco de o governo dos EUA adotar políticas de confisco ou controle excessivo sobre o Bitcoin. Segundo ele, há precedentes históricos, como a confisco de ouro nos anos 1930, que poderia se repetir em relação ao Bitcoin. Assim, essa possibilidade não apenas prejudicaria o mercado global da criptomoeda. Mas também enviaria sinais negativos para outros países e investidores institucionais que consideram o ativo como parte de suas estratégias de diversificação.
Além disso, Hayes aponta para o fato de que o Bitcoin foi projetado para operar fora do sistema financeiro tradicional. O que pode acabar gerando atritos com as instituições financeiras e regulatórias dos EUA. Ele acredita que um movimento do governo para centralizar ou monopolizar o Bitcoin seria contrário aos princípios fundamentais da criptomoeda. Além de alienar a comunidade global que sustenta sua rede e valor.
Países menores se adequam melhor para ter uma reserva de Bitcoin
Apesar dos alertas, Hayes reconhece o papel crescente do Bitcoin no cenário financeiro internacional. Ele sugere que países menos influentes estão em melhor posição para se beneficiar de uma reserva de Bitcoin. Portanto, na visão de Hayes, nações como El Salvador, podem colher os frutos de sua ousadia enquanto os EUA enfrentam desafios para equilibrar inovação e controle.
O comentário de Hayes ressoa em um momento em que os EUA enfrentam debates intensos sobre regulamentação de criptomoedas e possíveis novas leis para o setor. Assim, sua análise serve como um lembrete de que o potencial do Bitcoin como reserva estratégica global deve ser considerado com cautela.
