Brasil descarta moeda comum do BRICS

IOF

Sob a presidência do Brasil em 2025, o bloco econômico dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), tem como prioridade a facilitação do comércio entre seus membros. Em recente reunião virtual, o foco principal foi o diálogo sobre cooperação tributária internacional. Marcando o início da Trilha de Finanças sob a liderança brasileira.

Moeda comum dos BRICS não está em debate, afirma secretária do Ministério da Fazenda

Contrariando rumores e temores, expressos pelo presidente americano Donald Trump sobre a desdolarização, a secretária de assuntos internacionais do Ministério da Fazenda no Brasil, Tatiana Rosito, foi enfática ao negar qualquer movimento formal em direção a uma moeda comum do BRICS. Segundo Rosito, que coordena a trilha financeira do bloco, a agenda atual se concentra em facilitar as transações comerciais entre os países membros. Utilizando, dessa foram, as moedas locais de cada nação.

A estratégia do BRICS, liderado pelo Brasil neste ano, visa otimizar os custos das transações financeiras. Usando com inspiração para isso, as soluções domésticas bem-sucedidas como o Pix e o Drex. as duas soluções são implementadas pelo Banco Central do Brasil.

Além disso, essas tecnologias demonstram o potencial de aumentar a velocidade e reduzir os custos das operações financeiras. Um objetivo que o bloco busca replicar em suas relações comerciais internacionais.

Tatiana Rosito ressaltou a relevância econômica do BRICS, que representa uma parcela significativa do comércio global. No total, 25% das exportações e 20% das importações mundiais são realizadas pelos países do bloco. Portanto, a busca por mecanismos que reduzam os custos de transação tem o potencial de aumentar a lucratividade dos países membros. Fortalecendo, assim, suas economias locais.

Brasil busca a eficiência nas transações

Apesar de discussões anteriores sobre a possibilidade de uma moeda comum do BRICS terem circulado, a postura atual do bloco, sob a liderança brasileira, parece ser de cautela. Evitando um confronto direto com a hegemonia do dólar americano, por exemplo.

Contudo, a prioridade é aprimorar a eficiência das transações existentes, utilizando as próprias moedas dos países membros, em vez de buscar uma alternativa monetária única.

Vale lembrar que, em paralelo às discussões sobre a facilitação do comércio, o BRICS também confirmou a reeleição de Dilma Rousseff para a presidência do banco do bloco. Sinalizando, portanto, a continuidade e estabilidade na liderança da instituição financeira.

Sob a coordenação do Banco Central do Brasil e do Ministério da Fazenda, a Trilha de Finanças do BRICS em 2025 promete uma série de eventos e estudos focados na melhoria das transações bilaterais entre os países membros. Sempre com a premissa de otimizar custos e promover o crescimento econômico dentro do bloco.

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