Chefão da TelexFree será extraditado para os EUA, ordena Tribunal Federal do Brasil

Chefão da TelexFree será extraditado para os EUA, ordena Tribunal Federal do Brasil

O Supremo Tribunal Federal do Brasil decidiu que Carlos Nataniel Wanzeler, um dos chefões da TelexFree, considerada uma das maiores pirâmides financeiras a atuar no país, será extraditado para os EUA.

O pedido de extradição foi proferido em audiência na última segunda-feira (21), sob acusações criminais de fraude, conforme reportou o Behindmlm.

Desde 2018 existe a possibilidade de Carlos Wanzeler ser extraditado, quando foi destituído da cidadania brasileira.

Carlos perdeu seu recurso de cidadania em fevereiro deste ano. Poucos dias depois, o chefão da TelexFree foi preso sob um mandado dos Estados Unidos.

Tudo ocorreu depois que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) encerrou o esquema Ponzi de US$3 bilhões, e descobriu que Carlos Wanzeler havia fugido para o Brasil.

A TelexFree é considerada uma das maiores pirâmides financeiras do Brasil. Carlos Wanzeler e seu sócio, Carlos Roberto Costa, foram condenados pela Justiça Federal do Espírito Santo a mais de 12 anos de prisão cada.

Contudo, Carlos não foi para a prisão, pois se tratava de uma decisão em primeira instância. Wanzeler aguardava ser julgado no Brasil no momento do pedido da extradição.

Em 2017, Wanzeler foi indiciado por uma acusação de conspiração por cometer fraude eletrônica e operar como sócio no esquema Ponzi TelexFree.

Por decisão unânime do Supremo Tribunal Federal, Wanzeler enfrentará apenas acusações de fraude eletrônica nos Estados Unidos.

Ele esperava ser julgado por crimes cometidos com pirâmide financeira no Brasil. O tribunal brasileiro, entretanto, diferenciou os crimes relacionados à TelexFree no Brasil e nos EUA.

O ministro Ricardo Lewandowski frisou que, “embora haja relação entre as denúncias em cada um dos países (Telexfree e forma de atuação do acusado), os fatos investigados não são os mesmos, pois não ocorreram nas mesmas datas e não envolveram as mesmas pessoas”.

De acordo com os termos de sua libertação, os EUA concordaram em não prender Wanzeler por mais de trinta anos. O tempo de Wanzeler sob custódia no Brasil também será diminuído de sua sentença nos Estados Unidos.

A  Telexfree operou entre 2012 e 2013, vendendo pacotes de telefonia móvel. O negócio mantinha um esquema de pirâmide através de um sistema de venda direta remunerada.

Policial Federal foi preso por ligação com caso da Telexfree

Um Policial Federal teria ajudado na fuga de um líder da Telexfree, empresa investigada no Brasil. Durante a operação Ousadia, o policial foi preso em fevereiro de 2020 e teve vários bens apreendidos.

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