A desvalorização das moedas fiduciárias impulsiona as transferências de bitcoin (BTC) para o varejo na África de 56% em um ano
Segundo o Bitcoin.com, as transferências mensais de criptomoedas abaixo de US$10.000 aumentaram mais de 56% na África, em relação ao ano anterior.
Atingindo US$316 milhões em junho, de acordo com a pesquisa da empresa de análise de criptomoeda dos EUA Chainalysis.
Ao todo cerca de US$8 bilhões em criptomoedas foram recebidos e US$8,1 bilhões enviados no ano passado.
O valor total das transferências de varejo diminuiu um pouco entre novembro e fevereiro de 2020, caindo para US$147 milhões.
De acordo com a análise, o número de pequenas transações registradas a cada mês subiu 31% para quase 700.000 em junho no país.
Grande parte da atividade concentrada na Nigéria, a maior economia da África e o país mais populoso, junto com a África do Sul e o Quênia.
“Essa quantidade, relativamente pequena de atividades na África está criando um valor de mudança de vida para os usuários da região que enfrentam instabilidade econômica, oferecendo remessas de baixa taxa e uma forma alternativa de economizar”, observou Chainalysis.
Os fundos são movimentados por indivíduos e pequenas empresas, mas os maiores motores de crescimento dentro da economia de criptomoeda da África são as remessas e a desvalorização da moeda fiduciária.
Enquanto alguns países buscam regularizar as criptomoedas para começar a usar, a África está fazendo isso inconscientemente, uma forma de desviar da inflação e da desvalorização da moeda.
O Rand sul-africano perdeu mais de 50% de seu valor em relação ao dólar na última década.
Nigéria, Egito, Argélia, Etiópia e Gana enfrentam problemas semelhantes com suas próprias moedas, acrescentou o relatório.
Cerca de US$562 milhões em bitcoins foram transferidos diretamente de endereços no exterior para outros localizados na África em pagamentos de varejo.
Segundo a Chainalysis a criptomoeda pode atuar como um armazenamento de valor mais estável para as pessoas que vivem nessas condições.
Na maioria dos países da África, as criptomoedas estão se tornando cada vez mais evidentes.