O preço do Bitcoin (BTC) está disparando à medida que as empresas continuam a comprar o ativo em grandes quantidades, podendo haver uma escassez da criptomoeda.
Uma situação política caótica nos EUA está levando o Federal Reserve a imprimir mais dinheiro, elevando o preço de outros ativos diante da busca da população por segurança contra a inflação.
Um desses ativos é o bitcoin, com seu preço disparando, graças às empresas de tecnologias que compram muitas criptomoedas.
Conforme reportou o Decrypt, o PayPal e o Cash App já estão comprando mais de 100% de todos os bitcoins recém-emitidos.
Quando outras instituições financeiras maiores seguirem o mesmo caminho, a escassez de oferta ficará ainda mais desequilibrada.
A única maneira de se equilibrar a oferta e a demanda é com um preço mais alto no Bitcoin. Alguns especialistas, como o Citibank, acreditam que o ativo pode chegar em US$318 mil até dezembro de 2021.
Um analista da Forbes aconselha o Hodl do BTC e de outras criptomoedas, pois diversos acontecimentos no mercado estão impulsionando os ativos digitais.
Com grandes empresas de tecnologia comprando tantos bitcoins, o preço só vai subir, mas isso tornará a criptomoeda menos acessível para as pessoas ‘comuns’ que não têm milhões de dólares.
Segundo o cofundador da academia Crypto Nerds e analista da Quantum Economics, Pedro Febrero, a quantidade de bitcoin ficando “concentrada em menos mãos no longo prazo” pode ser um problema para a democratização das finanças.
Contudo, o analista aponta que o fornecimento de BTC é limitado e, eventualmente, grandes empresas precisarão vendê-lo.
“Por fim, não devemos esquecer que nem todo Bitcoin está simplesmente sendo ‘hodled‘”, disse Pedro.
Uma pesquisa da empresa de análise de blockchain Chainalysis mostrou na semana passada que a quantidade de Bitcoin disponível para compra depende se aqueles que o possuem querem vender ou negociar.
Cerca de 77% de todos os 14,8 milhões de Bitcoins extraídos estão em carteiras ilíquidas (carteiras que não enviam muitos Bitcoins – mas sim que os mantêm).
Isso mostra que os grandes compradores basicamente compram o ativo e observam seu valor aumentar. E isso não é necessariamente uma coisa ruim.
Shawn Dexter, analista financeiro descentralizado da Quantum Economics diz que “grandes tecnologias e instituições possuindo uma grande parte do Bitcoin e mantendo-o, servirão apenas para aumentar a segurança subjacente da rede, promovendo a reserva de oferta de valor”.
Dexter afirma ainda que, independentemente do preço da moeda, “ter a opção de comprar um bem que nenhuma potência pode decidir inflacionar unilateralmente é uma forma de democratização”, e que as pessoas ainda poderão utilizá-lo como reserva de valor – como muitas pessoas fazem agora.
Mas não há necessidade de se preocupar com o desaparecimento da moeda: com empresas como o PayPal comprando, agora é ainda mais fácil de comprar a criptomoeda, mais do que nunca.