O Serviço Nacional do Consumidor (SERNAC) do Chile emitiu uma notificação formal à empresa World, anteriormente Worldcoin, e à Rappi, solicitando a suspensão das atividades de escaneamento de íris no país.
A proibição veio após o anúncio da World sobre a incorporação do escaneamento de íris em seu sistema de pagamentos.
Acusações
Um usuário da World, na época era menor de idade, denunciou a coleta de seus dados sem o devido esclarecimento.
Ele relatou que, em agosto de 2022, foi abordado em uma praia por representantes da Worldcoin, que lhe ofereceram a criação de uma conta em seu aplicativo para ganhar criptomoedas gratuitamente.
Ao consentir com o uso de seus dados pessoais e com o escaneamento de sua íris, o consumidor não foi informado de que, caso decidisse encerrar a conta, seus dados e a imagem de sua íris permaneceriam no sistema.
Já a Rappi esclareceu que o escaneamento de íris está sendo testado apenas na Argentina em 2024, e não no Chile, como havia sido anteriormente especulado.
No entanto, o SERNAC manteve sua posição de vigilância, cobrando maior transparência das empresas envolvidas quanto ao uso e proteção dos dados biométricos.
Calote?
Outra denúncia relacionada alegou que a Worldcoin oferece recompensas financeiras em troca do escaneamento de íris, mas não cumpre o prometido.
O reclamante relatou que a empresa prometeu 30 mil pesos para quem se cadastrasse no aplicativo, mas o pagamento nunca foi realizado.
Em resposta, o SERNAC iniciou uma ação preventiva, podendo até suspender as operações da World no Chile até que as empresas envolvidas apresentem evidências de conformidade com as regulamentações de proteção de dados.