A Méliuz (CASH3) acaba de fazer história ao garantir a aprovação formal de sua audaciosa “Estratégia Bitcoin” em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) nesta terça-feira, 6 de maio. A decisão dos acionistas pavimenta o caminho para que a Méliuz se posicione como líder na adoção institucional de criptomoedas no Brasil. Dessa forma, a empresa brasileira segue os passos da gigante americana Strategy. A Méliuz se tornou a primeira empresa listada na B3 a adicionar Bitcoin à sua tesouraria.
Méliuz aprova quase por unanimidade estratégia Bitcoin
A aprovação da “Estratégia Bitcoin” recebeu um forte apoio dos acionistas da Méliuz, com 59,26% do capital total votando a favor da alteração do objeto social da companhia. Esse percentual superou o quórum necessário para instalar a AGE e confirmar a mudança. Garantindo, assim, que a Méliuz possa implementar uma política empresarial voltada para a aquisição de mais Bitcoin.
O resultado da votação foi quase unânime entre aqueles que participaram. Israel Salmen, presidente do conselho de administração e fundador da empresa, celebrou a votação em uma publicação no X. Salmen classificando o resultado como “impressionante”, pois foi o maior quórum em uma AGE desde que a Méliuz se tornou uma companhia listada.
A “Estratégia Bitcoin” aprovada envolve a alteração do Artigo 4º do Estatuto Social da Méliuz. Será incluida uma cláusula que permite expressamente a “aplicações de recursos e realização de investimentos em Bitcoin e em outros títulos referenciados em Bitcoin”.
Essa mudança, portanto, é fundamental para que a Méliuz possa realizar tais investimentos sem enfrentar questionamentos jurídicos e regulatórios.
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Além disso, a administração propôs alterações no Artigo 16 do Estatuto Social para ajustar as competências do Conselho de Administração. Desse modo, dando maior flexibilidade à empresa para a realização de operações de captação de recursos. Seja no mercado de capitais ou por meio de outras operações financeiras.
Ações da empresa disparam após adotar estratágia
Um dos aspectos mais significativos dessa história é o impacto da estratégia Bitcoin nas ações da Méliuz na B3. As ações (CASH3) registraram uma alta espetacular de 122% desde que a empresa adicionou Bitcoin ao seu tesouro corporativo. Atualmente, acumulam ganhos de 150% no total do ano.
No dia 3 de maio, as ações da Méliuz fecharam a semana acima do valor atingido no dia do IPO em novembro de 2020, um feito que não ocorria há três anos. Israel Salmen celebrou esse marco, mostrando que a estratégia Bitcoin também visa impulsionar a recuperação da CASH3 na bolsa.
Além disso, vale ressaltar que a mudança no objeto social não terá implicações diretas sobre as operações principais da Méliuz. O modelo de negócios da empresa continuará focado na prestação de serviços de cashback. A geração de caixa das operações, inclusive, será fundamental para a estratégia de adquirir mais Bitcoin ao longo do tempo.
A Méliuz inovou em 6 de março ao anunciar a compra de 45,72 BTC por US$ 4,1 milhões. Essa primeira compra, com um preço médio de US$ 90.296 por unidade, já acumula ganhos de 4,2% em sessenta dias.
A “Estratégia Bitcoin” da Méliuz gerou reações mistas no mercado. Alguns analistas viram a política como desconectada dos objetivos operacionais e levantaram questionamentos sobre a capacidade da empresa de reinvestir sua geração de caixa em suas atividades principais.
No entanto, outros especialistas apontam para os potenciais benefícios. Como, por exemplo, a diversificação cambial, o marketing estratégico e novas oportunidades de negócios. Além da possibilidade da valorização do Bitcoin turbinar o retorno sobre o capital próprio da Méliuz.
Replicando, assim, parte do sucesso observado com a Strategy de Michael Saylor. A aprovação da estratégia pelos acionistas da Méliuz consolida a empresa como pioneira no Brasil na tendência global de investimentos corporativos em Bitcoin. Abrindo, portatno, um novo capítulo para a adoção institucional de criptomoedas no país.