A Atlas Quantum e seu CEO Rodrigo Marques, assim como as empresas Zero10 e Trader Group serão investigadas na CPI das Criptomoedas.
O requerimento do projeto que visa investigar empresas que estão usando criptomoedas para aplicar golpes de pirâmide financeira nos investidores, foi protocolado na quarta-feira (16), pelo deputado federal Aureo Ribeiro.
Falta de regulamentação e vigilância
No documento, que foi acessado pelo Cointelegraph, o deputado, também autor do Projeto de Lei 2.303/15 que visa regulamentar as criptomoedas no Brasil, fala sobre o aumento de interesse nas transações envolvendo criptomoedas no país e argumenta que as operações fraudulentas estão acompanhando o ritmo.
O político declara:
“A falta de regulamentação do mercado de criptomoedas e a falta de vigilância rigorosa aliadas ao alto nível de abstração, do anonimato, do perfil transfronteiriço das operações e de outras particularidades inerentes ao mercado de criptoativos deixam clara a existência de potenciais riscos aos usuários e investidores.”
Aureo Ribeiro também conta no protocolo que ele foi abordado por um frentista até na cidade onde nasceu, em Duque de Caxias-RJ, onde o homem contou ter sido vítima de uma pirâmide financeira.
“É assustador o número de fraudes envolvendo bitcoin e criptomoedas”, escreveu.
Empresas investigadas
O requerimento conta com uma tabela com o nome de pessoas físicas e jurídicas que foram proibidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de realizar ofertas de investimento em 2019.
Entre elas está a Atlas Quantum e o CEO da empresa, Rodrigo Marques; Zero10Club; Trader Group; TG Agenciamentos Virtuais; Wesley Binz Oliveira e Gabriel Tomaz Barbosa.
Na justificativa, o deputado declarou que “diversos investidores de boa-fé estão tendo vultosas perdas financeiras” decorrentes de negócios fraudulentos que captam investimentos com promessas de altos retornos.
“Em 2019, suspeitas de pirâmides prometendo lucro de até 50% com investimentos em bitcoin foram noticiadas no Brasil, o que resultou na investigação pelo Ministério Público Federal (MPF), pela Polícia Federal e pela Procuradoria da Fazenda Nacional de ao menos sete empresas, as quais se apresentam disfarçadas de empresas de investimentos quando na verdade se tratam de “pirâmides financeiras” e “esquemas do tipo Ponzi”.”
Segundo ele, “as autoridades estimam que esses negócios movimentam dezenas de bilhões de reais”.
Agora o protocolo feito precisa ser aprovado pelos deputados da Câmara, mas não deve enfrentar problemas devido a receptividade apresentada por eles.