A parceria entre o Delegado da Polícia Civil e a Procuradora da Fazenda Nacional vai lançar site para conectar investigações envolvendo criptomoedas e bitcoin (BTC) no Brasil.
A plataforma “BlockSherlock” foi desenvolvida pelo Delegado da Polícia Civil de Goiás, atualmente coordenando o Núcleo de Operações com Criptomoedas da Coordenação Geral de Combate ao Crime Organizado, Vytautas F S Zumas, com a colaboração da Procuradora da Fazenda Nacional, Ana Paula Vez Batti.
De acordo com a Procuradora, o projeto tem como objetivo servir e conectar unidades brasileiras responsáveis por este tipo de investigações, conforme reportagem do Cointelegraph.
As agências nacionais podem solicitar apoio pela plataforma e interagir com o NOC através de contas de e-mail institucionais.
A plataforma pretende ajudar a tirar do anonimato as transações envolvendo os criptoativos e assim auxiliar nas investigações.
A BlockSherlock, lista as características mais importantes de cada um e oferece uma seção exclusiva de ferramentas úteis para investigações específicas e outras para busca de dados em fontes abertas.
Ana Batti destacou que as instituições e demais participantes da plataforma podem acessar também diversas informações como a lista das exchanges atuantes no Brasil.
É possível acessar também modelos de requerimentos e ofícios, e outros dados de investigações sobre criptomoedas no país.
“Além das ferramentas necessárias para um rastreamento de transações envolvendo ativos virtuais, a plataforma BlockSherlock traz uma série de ferramentas OSINT (OPEN SOURCE INTELLIGENCE TOOLS) que auxiliarão o agente público também em investigações em fontes abertas”, afirma Ana Batti.
O uso da tecnologia blockchain no Brasil vem aumentando. Recentemente, o exército brasileiro pretende lançar o projeto em blockchain para o controle de armas no país.
A tecnologia será também utilizada para a gestão de estradas e reduzir os custos, através do plano da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Há estudos no Governo Federal, para o uso de um sistema em DLT dentro da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de dinheiro (ENCCLA).
Entretanto, embora os estudos sejam preliminares, os membros da ENCCLA, acreditam que o uso da tecnologia blockchain para evitar crimes de lavagem de dinheiro é muito promissor.