Estudos de ecologistas consideram a atividade humana como um elemento importante do sistema terrestre. E tentam compreender todos os fluxos materiais e energéticos que são atraídos e rejeitados pela economia na biosfera e examinar as perturbações que causam aos seres vivos.
Uma perspectiva normativa é fiel à ideia da bioeconomia, desenvolvida por dois pioneiros da área. Há um argumento para incorporar a economia à biosfera reduzindo ou fechando esse fluxo. À primeira vista, há uma lógica que se assemelha ao que hoje se chama de economia circular.
Como os atores econômicos se encaixam nessa abordagem biofísica da economia? Se sairmos do nível macroeconômico e das grandes políticas públicas, são sobretudo os engenheiros que estão expostos aos desafios da mudança dos padrões de produção e consumo e dos constrangimentos ecológicos nas empresas.
Para isso, foram desenvolvidos dois tipos de ferramentas, que visam estudar os fluxos associados ao seu uso e destruição, de forma a quantificar e mitigar os efeitos das produções.
A análise do ciclo de vida dos produtos visa reduzir o consumo de insumos ao invés de recuperá-los como recursos para outros.
É a ecologia industrial que se propõe a tratar os sítios industriais como ecossistemas. Essas abordagens servem para resolver problemas ecológicos fundamentais colocados pela atividade humana? Ou visam otimizar o uso de recursos como os engenheiros sabem fazer?
À medida que os novos desenvolvimentos industriais no uso e processamento de biomassa, que também é chamada de bioeconomia nos últimos anos, visam criar uma economia circular, as questões aumentam ainda mais.
Uma Abordagem Biofísica para as Atividades Econômicas
Um ecossistema consiste em dois elementos principais que interagem: a biocenose de espécies que vivem em interdependência e um biótopo que consiste em todas as condições físico-químicas que compõem seus ciclos de vida.
Materiais e energia estão em constante interação entre os diferentes elementos desse ecossistema, principalmente através das cadeias alimentares. (Uma das principais interações entre as espécies é que algumas se alimentam de outras.)
Alguns ecologistas estenderam essa análise ao estudo de cidades e sistemas de produção.
Eles os perceberam como ecossistemas onde o fluxo de materiais e energia se cruzam. São bens e serviços que atendem às necessidades das pessoas. A eficiência energética visa generalizar esse tipo de abordagem biofísica à economia.
Mas um ecossistema não é um sistema com limites abstratos. Os pesquisadores precisam determinar seus contornos de acordo com a pergunta que fazem.
Um lago ou uma vasta floresta podem ser considerados ecossistemas, como a forma como a energia e os materiais são trocados e metabolizados com o mundo exterior, a ser estudado.
Essa plasticidade analítica permite reconsiderar objetos que são frequentemente estudados por economistas em diferentes escalas regionais e temporais.
Nesse caso, o desafio consiste em vincular áreas de produção ou de consumo a áreas ecológicas, graças a diferentes tipos de indicadores biofísicos.
No nível global, o impacto ecológico do sistema de produção pode ser entendido pelo cálculo da alocação humana da produção primária líquida para ele.
A produção primária líquida mede a quantidade de energia solar fixada na terra pelas plantas (biomassa), disponível para outras espécies vivas.
Ressalta-se que em todos os ecossistemas terrestres, pode dobrar em um século devido à crescente demanda por terras agrícolas e à conversão de usos da terra (particularmente desmatamento).
Mostra que a humanidade se tornou um fator importante no consumo de biomassa e na degradação da biodiversidade dos ecossistemas.
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