Desde o anúncio sobre a computação quântica do Google, a comunidade cripto tem estado em alerta devido às teorias que surgiram sobre possível capacidade da tecnologia de destruir o bitcoin.
Em meio ao alarde, muitos especialistas já descreditaram essa possibilidade, mas em seguida surgiu uma nova teoria de que o Sycamore, como é chamado o computador quântico da gigante da tecnologia, poderia minerar as 3 milhões de unidades restantes de bitcoin em apenas 2 segundos.
No entanto, a publicação do usuário John Mayo-Smith no site Medium que posteriormente viria a ser excluída, errou em alguns aspectos em sua teoria, conforme apontou o CryptoGlobe.
Primeiro, o cálculo feito pelo autor sugeriu que 1 BTC é produzido a cada 10 minutos, quando na verdade, a rede produz 12.5 BTC aproximadamente durante este período.
Além disso, o texto também falhou em incluir o reajuste na dificuldade de mineração que ocorre automaticamente a cada 2.016 blocos.
Portanto, se um computador quântico conseguir minerar todos os 2.016 blocos, a rede irá ajustar a dificuldade, limitando as próximas tentativas do Sycamore.
Contudo, é improvável que a rede bitcoin seja capaz de produzir uma dificuldade nesse nível, aponta o site.
Dessa forma, apesar das falhas em sua teoria, o autor está certo em um ponto: a rede do bitcoin pode ser degradada por uma tentativa de mineração vinda de um computador quântico.
Isso porque, ao aumentar o nível de dificuldade, apenas uma máquina ainda mais poderosa poderia minerar o restante dos BTCs — presumindo que a tentativa original não tenha acabado totalmente com a rede em primeiro lugar.
Apesar das teorias assustadoras trazidas pelo advento dessa tecnologia, o cofundador da Ethereum, Vitalik Buterin, recentemente disse em uma entrevista que não está preocupado a supremacia quântica do Google.