Deputado afirma que tudo que existe de ruim nas criptomoedas se resume ao Bitcoin Banco

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O Deputado relator do Projeto de Lei 2303/15 (o projeto visa regulamentar criptomoedas no Brasil), Expedito Neto, afirmou em uma audiência publica realizada nessa quarta-feira, dia 4 de setembro que:

“Tudo o que há de ruim no mercado de moedas digitais se resume à atual situação do Grupo Bitcoin Banco”

Em seguida, Expetido Neto acrescentou que:

“Várias pessoas que investiram na empresa e estão com seu dinheiro hoje preso […] em uma nuvem de insegurança”

Além disso, o deputado também lamentou a ausência dos representantes do Grupo Bitcoin Banco (GBB) na audiência e reafirmou que o governo atualmente não oferece a segurança para o consumidor ou investidor que acredita no mercado de criptomoedas.

Em um áudio que o Cointelegraph teve acesso, Cláudio Oliveira reagiu às falas do deputado, afirmando que a decisão do GBB em não estar presente na audiência pública “se deve ao foco da empresa na solução interna de seus próprios problemas e no relançamento da NegocieCoins” – que agora ele chama de NegociePro.

“Foi um pouco leviano da parte do deputado dizer que nós somos a vergonha do mercado, sendo que o propósito [da audiência] deveria ser a regulamentação das criptomoedas e não dizer quem é quem no mercado”

Cláudio Oliveira continuou dizendo que:

“Se o Deputado acha que essa forma de se expressar sobre o GBB vai lhe dar popularidade, ele que faça da maneira como ela acha correta” 

Por fim, o Dono do GBB terminou o áudio afirmando que:

“Prioriza a solução dos problemas com seus clientes e não os buxixos gerados pela situação que estão passando”

Caso Bitcoin Banco

As exchanges NegocieCoins e TemBTC estão com os saques travados desde 17 de maio deste ano. 

Na época, o Bitcoin Banco alegou que havia sofrido uma fraude de R$ 50 milhões.

Em seguida, a Justiça do Paraná ordenou o bloqueio de quase R$ 6 milhões das contas do Grupo, mas encontrou menos de R$ 130 mil.

Com isso, diversos investidores já abriram centenas de ações judiciais contra o Grupo. Os prejuízos são calculados em mais de R$ 200 milhões. 

Em uma dessas ações, a justiça determinou o bloqueio de bens pessoais de Cláudio Oliveira, fundador do Bitcoin Banco.

Além disso, a Polícia Militar também cumpriu dois mandados de busca e apreensão na sede do Bitcoin Banco e em outras empresas ligadas à Cláudio Oliveira, que teve seu passaporte retido. 

Por fim, na última sexta-feira (30), o Grupo anunciou nas redes sociais que suas exchanges ficarão fora do ar por 7 dias, a partir de 1° de setembro.

Disclaimer
As informações contidas neste artigo são de caráter informativo e refletem a opinião do autor. Não constituem aconselhamento financeiro, jurídico ou de investimento. O mercado de criptomoedas é volátil e envolve riscos. Faça sua própria pesquisa antes de tomar qualquer decisão.

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